Sabrina Petraglia descobre tumor de ovário após exames; quais sintomas?
A atriz Sabrina Petraglia contou, no Instagram, que descobriu um tumor de ovário. Nesta terça-feira (29), ela fez uma publicação no Instagram compartilhando como foi o diagnóstico e, na sequência, explicou sobre a cirurgia que precisou realizar.
"No meu caso, a cirurgia corrigiu consequências da gravidez, como a diástase [afastamento dos músculos abdominais] (de 5cm!) e a cicatriz da cesárea, mas também retirou um tumor no ovário, a princípio benigno, e arrumou uma torção na trompa", escreveu.
Sabrina disse que descobriu a doença recentemente e logo depois de passar pelos exames da rotina pós-parto do terceiro filho, que nasceu em abril deste ano.
"É importante lembrar que o câncer de ovário é um câncer silencioso. Algumas vezes, a gente não tem sintoma algum e, por isso, merece atenção. Façam exames regulares, preventivos e compartilhem sempre que puderem suas dores, incômodos com médicos, amigos e familiares, tudo importa."
Entenda o câncer de ovário
O que a atriz falou é realmente verdade: o tumor de ovário é silencioso. Os sintomas só aparecem quando a doença já está instalada, e ainda podem ser confundidos com os de outras condições.
Considerado o terceiro tumor ginecológico mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama e colo do útero, ele geralmente se manifesta no período posterior à menopausa, mas também pode acometer jovens em idade reprodutiva.
Até o momento não se conhece exatamente a origem dessa doença, mas sabe-se que alguns fatores de risco aumentam as chances de ela se desenvolver: além da idade superior aos 50 anos, obesidade, sobrepeso e histórico familiar de câncer ovariano ou de mama estão relacionados, entre outras condições.
Como reconhecer os sintomas
No início da doença, o câncer de ovário não apresenta sintomas. E mesmo quando ele já está mais avançado, seus sinais podem se confundir com manifestações comuns a outras enfermidades, como a sensação de indigestão. Fique atenta aos sintomas a seguir, comuns a esse tipo de tumor:
- Dor ou inchaço no abdome
- Sensação de inchaço constante
- Dor abdominal ou na pelve
- Compressão do estômago após comer
- Perda do apetite
- Problemas gastrointestinais como gases, inchaço, constipação ou diarreia
- Urgência para urinar ou mudança nos hábitos urinários.
Outros possíveis sintomas
Além das manifestações acima descritas, algumas mulheres poderão observar as seguintes condições:
- Mal-estar estomacal e enjoo constantes
- Dor durante as relações sexuais
- Mudança nos hábitos intestinais
- Cansaço constante
- Dor nas costas
- Perda de peso não desejada
- Ascite (acúmulo de líquido na região da barriga)
Como é feito o diagnóstico?
Na hora da consulta, o médico vai ouvir sua queixa, levantar seu histórico de saúde familiar e pessoal e ainda fará o exame físico. Os ginecologistas farão o exame ginecológico completo, que inclui a palpação do abdome que ajuda a identificar alguma área endurecida, tumor na pelve, inchaço local e a típica ascite, ou seja, o acúmulo de líquido no abdome.
Além disso, ele solicitará exames laboratoriais e de imagem, como o ultrassom pélvico (transvaginal) e de abdome total. Caso esses testes apresentem alguma anormalidade, outros exames poderão ser requisitados, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
E o tratamento?
Com dados sobre o estágio da doença e seu grau (estadiamento), as condições gerais de saúde da paciente e sua idade, o médico decidirá qual será a melhor estratégia de tratamento. Quando possível, o objetivo do tratamento é livrar a paciente da doença. Nos quadros graves, a meta será aliviar sintomas e controlar o câncer.
De acordo com dados da Febrasgo (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), mais de 7 em cada 10 casos são avançados. Assim, na maioria das vezes, a terapia combinará cirurgia e quimioterapia. Esta poderá ser utilizada antes ou depois da intervenção cirúrgica.
A cirurgia é, geralmente, de grande porte, pode durar de 6 a 8 horas e consiste na retirada do útero, ovário, trompas, cadeias de drenagem linfática, e todas as estruturas que estiverem comprometidas pelo tumor, como o intestino, o peritônio etc. Todas as superfícies suspeitas também serão analisadas. Esta cirurgia é chamada de citorredução.
Há casos em que a quimioterapia vem antes da intervenção cirúrgica, porque há risco de doença residual. De todo modo, ela é inicialmente realizada à base de platina (carboplatina e cisplatina), com ou sem o uso de outros fármacos, como os taxanos. A cirurgia só acontecerá entre a terceira e quarta etapa dessa terapia, ou no final do sexto ciclo dela.
Cânceres de ovário em estágio inicial são tratados por meio de cirurgia combinada com radioterapia ou quimioterapia, a depender das condições clínicas gerais de cada paciente, e quando houve mudança no estágio após a cirurgia, isto é, descobriu-se na cirurgia que o tumor estava mais avançado do que os exames mostravam.
* Com informações de reportagem publicada em 17/11/2020.
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