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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Entenda o que é septicemia, infecção que teria acometido Dennis Carvalho

Dennis Carvalho na inauguração dos novos estúdios da Globo - Victor Pollak/Globo e Paulo Belote/Globo
Dennis Carvalho na inauguração dos novos estúdios da Globo Imagem: Victor Pollak/Globo e Paulo Belote/Globo

Do VivaBem*, em São Paulo

28/12/2022 16h40

O ator Dennis Carvalho, 75, estaria internado com um quadro de septicemia, infecção generalizada grave do organismo, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo colunista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, nesta quarta-feira (28). De acordo com o jornalista, o estado de saúde do diretor é "muito delicado".

A reportagem de Splash entrou em contato com a assessoria de imprensa da unidade de saúde, que soltou a seguinte nota: "Hospital CopaStar informa que o paciente Dennis de Carvalho está internado desde o dia 26 de dezembro, sob os cuidados de seus médicos assistentes e da equipe hospitalar."

A septicemia, ou sepse, é um quadro que resulta de uma reação exagerada do corpo a algum tipo de infecção causada por vírus, bactéria ou fungo, como pneumonia, infecção urinária, de intestino ou de pele. O quadro tem tratamento, mas precisa de intervenção rápida para conter o seu avanço, pois pode levar à morte.

O que é?

  • Toda vez que ocorre uma infecção --que pode ser uma simples gripe--, o sistema imunológico entra em ação para combater a doença, provocando uma inflamação local. A pessoa pode sentir febre, por exemplo, mas, após alguns dias, se sente melhor e volta à vida normal;
  • Entretanto, pode acontecer de essa resposta ser desregulada e, de alguma forma, passar a prejudicar diversos órgãos do organismo. Isso é a sepse: uma resposta sistêmica à infecção;
  • Muitas vezes, a sepse acontece porque uma infecção, como a pneumonia, não foi tratada corretamente.

Quais são as infecções mais comuns que podem levar à sepse?

  • Pneumonia (35%);
  • Infecção do trato urinário, como bexiga ou rins (25%);
  • Infecção intestinal (11%);
  • Infecção de pele (11%).

Quais são os sintomas da sepse?

A sepse sempre aparece em decorrência de uma infecção de base (pneumonia, infecção urinária ou de pele, meningite etc.).

Isso significa que já existe uma doença em curso causada por vírus ou bactéria, com seus sintomas característicos, como febre, mal-estar generalizado, retenção de urina, que logo podem ser notados —porque não passam ou parecem piorar.

Mas há outros sintomas que servem de alerta vermelho para a sepse e requerem atenção imediata:

  • Alteração da consciência;
  • Aceleração da respiração (mais de 22 incursões respiratórias por minuto);
  • Pressão baixa.

Grupos de risco

  • Qualquer pessoa pode ter, mas pacientes que têm diabetes, que estejam fazendo quimioterapia ou tenham algum problema de imunidade são mais propensos a entrarem em sepse;
  • Bebês abaixo de um ano e idosos também, assim como gestantes.

Como é o tratamento?

  • O ponto fundamental para tratar a sepse é o profissional de saúde ser capaz de identificar precocemente o quadro;
  • Quando isso acontece, o tratamento é relativamente simples: indica-se o uso de antibiótico já dentro da primeira hora da definição do diagnóstico, além de soro para hidratação e normalização da pressão.

Pode ser fatal?

  • O Brasil tem uma taxa extremamente alta de morte por sepse em UTI, superando até mortes por AVC (acidente vascular cerebral) e infarto nessas unidades;
  • Segundo levantamento organizado por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Instituto Latino Americano de Sepse, a cada ano morrem mais de 230 mil pacientes adultos nas UTI em decorrência da doença;
  • A estimativa é de que 55,7% dos pacientes internados com sepse vão a óbito.

Formas de prevenção

Vacinas, hábitos de higiene e de vida saudável e cuidados no controle de doença crônica são importantes para prevenir a sepse.

No dia a dia:

  • Mantenha a carteira de vacinação em dia, especialmente para combater infecções por vírus e bactérias como Influenza, meningococo, pneumococo e hemófilos;
  • Certifique-se de manter qualquer doença sob controle, caso você tenha algum problema crônico como diabetes;
  • Lave as mãos antes das refeições, ao preparar alimentos e após o uso do banheiro;
  • Escolha bem os locais onde se alimenta na rua para reduzir o risco de consumir comida contaminada;
  • Evite aglomerações;
  • Use antibióticos somente quando eles forem prescritos por um médico e faça o tratamento na forma e pelo tempo por ele indicado. Nunca se automedique.

Quando a infecção já está presente:

  • Procure ajuda médica tão logo perceba os sinais de uma infecção;
  • Evite se automedicar com antibiótico.

No hospital:

  • Higienize as mãos antes e depois de se aproximar de um parente ou conhecido que esteja internado. Todos os hospitais têm o dever de disponibilizar álcool em gel para esse fim.
*Com informações de reportagem publicada em 27/09/2019.