Por que fogos de artifício deixam as pessoas emocionadas?
Barulhentos (apesar de hoje existirem os silenciosos), brilhantes, grandes e coloridos. Fogos de artifício costumam ser a primeira manchete do 1º de janeiro no mundo inteiro. Seja em Nova York, Rio de Janeiro, Londres, Dubai, Sydney, eles atraem multidões, que se maravilham com os espetáculos coordenados que essas "faíscas aladas" proporcionam nos céus.
Símbolos de comemoração, eles ativam os nossos sentidos e, com eles, emoções e sentimentos que se misturam. Alegria, euforia, medo, calma são alguns dos exemplos e tem gente que ainda sente que fogos de artifício mexem, de forma profunda, com o eu interior, causando reflexões e um tipo de conexão com a espiritualidade.
Por que as pessoas se emocionam com os fogos?
- Assistir a uma queima de fogos poderia, inconscientemente, dar a sensação de uma "vitória", "missão cumprida", principalmente se o ano que passou foi muito doloroso ou desafiador.
- Mesmo que sejam silenciosos, pelo apelo visual já são suficientes para nos conceder alguma "sensação de poder".
- A beleza da natureza recriada nas alturas nos coloca em estado de deslumbramento e pode, sim, contribuir para nosso despertar interior.
- Celebrar fogos é estar em família, com amigos, num momento de diversão, entretenimento e carinho envolvido --o que pode deixar muitas pessoas emocionadas.
- Festas de Réveillon evidenciam união, confraternização entre vizinhanças, cidades, nações distantes por oceanos, e que, por alguns minutos, param todo o seu ritmo de vida para celebrarem juntas a chegada de um novo ano e compartilharem votos dos mais positivos.
É uma forma de arte que ativa o emocional, assim como teatro, cinema, e que desperta curiosidade natural. Luiz Scocca, psiquiatra pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) e membro da APA (Associação Americana de Psicologia).
O que diz a ciência?
- Os fogos acionam neurotransmissores, como endorfina, serotonina, oxitocinas, os quais fazem você ter uma sensação de bem-estar.
- A quietude inata ao êxtase da apreciação do céu pode então nos lembrar de nossa pequenez e efemeridade, fazendo-nos mais humildes e empáticos uns com os outros.
* Com informações de reportagem publicada em 31/12/2021.
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