Posso atingir a remissão do diabetes tipo 2 com alimentação e exercícios?
Sim, mas somente nos primeiros anos de diagnóstico da doença e quando os níveis de glicose no sangue não estão muito altos. O emagrecimento, advindo da alimentação e dos exercícios, melhora o quadro de resistência a insulina, o que leva a uma melhor metabolização da glicose e redução da glicemia.
Quando o emagrecimento é significativo (15% de do peso anterior) e mantido a longo prazo, a chance de remissão do diabetes pode chegar a 50% (naquelas pessoas com diagnóstico do diabetes mais recente).
Por isso, uma alimentação saudável —com menos calorias e alimentos ricos em carboidratos, como farinha branca, açúcar, amido etc., além de evitar as gorduras saturadas—, associada a uma atividade física regular é fundamental para a perda de peso e melhora do metabolismo da glicose.
O exercício, além de ajudar no emagrecimento, melhora a sensibilidade à insulina (os músculos utilizam melhor a glicose) e, assim, contribui para o controle do diabetes, inclusive sua remissão.
A remissão é alcançada quando a hemoglobina glicada (exame que mede o índice de glicemia no sangue) estiver menor que 6,5% sem medicação ou apenas com o uso do medicamento metformina —quando a hemoglobina glicada atinge 6,5% ou mais, é dado o diagnóstico de diabetes tipo 2.
Procure ajuda de um endocrinologista e nutricionista para que ambos contribuam nesse processo.
Vale saber que o combo alimentação saudável e atividade física deve seguir por toda a vida. Se isso não for feito, o pâncreas pode voltar a ter dificuldade de produzir adequadamente a insulina e o estado de hiperglicemia (glicose elevada, diabetes) pode retornar.
Já para quem foi diagnosticado com diabetes tipo 2 e não conseguir a remissão, é de extrema importância manter os níveis de glicemia equilibrados, ou então diversos problemas podem começar a surgir.
A curto e médio prazos, por exemplo, a glicose elevada pode levar a cansaço, fraqueza, desânimo e piorar a qualidade de vida. A longo prazo, podem ocorrer complicações crônicas como doenças cardiovasculares (infarto, AVC, doença vascular periférica), retinopatia diabética (doença da retina podendo levar à cegueira), nefropatia diabética (doença renal, podendo levar à hemodiálise) e neuropatia diabética (aumentando o risco de lesões nos pés e amputações).
Fontes: Guilherme Rollin, chefe do serviço de endocrinologia e nutrologia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre; Renan Montenegro Filho, médico endocrinologista e professor do Departamento de Saúde Comunitária e do PPGCM (Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas), da Faculdade de Medicina da UFC (Universidade Federal do Ceará).
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