Por que algumas pessoas sofrem mais com pedras nos rins? Descubra culpados
Há indícios de que os humanos convivem desde a Antiguidade com os dolorosos cálculos urinários, também chamados de cálculos renais ou pedras nos rins. Mas, de uns tempos para cá, o problema tornou-se cada vez mais frequente —e a culpa é dos hábitos alimentares incorretos.
Os maiores inimigos dos rins são:
- Alimentos industrializados, geralmente altamente calóricos e com excesso de sódio (sal)
- Baixa ingestão de líquido
- Falta de exercícios físicos
Além dos hábitos ruins, os principais fatores de risco para o problema são doenças como obesidade, gota (excesso de ácido úrico), infecções frequentes, hiperparatireoidismo e doenças inflamatórias intestinais. A composição da urina e o histórico familiar e pessoal também contam.
Quem já teve uma vez pedra nos rins tem risco 15% maior de um novo evento no primeiro ano e 50% em 5 anos.
O que são
Os cálculos são minerais formados na urina e variam de tamanho: podem ter milímetros ou o tamanho de uma bola de golfe; e até preencher todo o interior do rim, quando são chamados de coraliformes (pois têm formato que lembra o de um coral).
São vários os elementos minerais que podem se acumular nos rins para formar uma pedra, mas 80% dos cálculos são de cálcio.
Exames de urina e de sangue podem apontar as causas específicas da formação de cálculos e assim ajudar na prevenção. O tratamento preventivo reduz em 50% o risco de um novo cálculo.
Em geral, cálculos de até 4 mm têm 90% de chance de eliminação espontânea com o consumo aumentado de líquidos. Mas se as pedras crescerem muito ou estiverem na região do ureter (o canal que liga os rins à bexiga), é preciso intervir, especialmente em caso de obstrução da urina.
Quando os cálculos bloqueiam as vias urinárias, a urina reflui para os tubos do interior do rim, produzindo uma pressão que pode dilatar o órgão e até lesioná-lo. A dor que isso provoca é tão forte que pode vir acompanhada de náuseas e vômitos.
Sintomas mais comuns
- Cólica (dor) intensa e aguda irradiada dos rins (região lombar) para a virilha (neste caso a pedra está migrando para os ureteres)
- Náusea e vômito;
- Sangue na urina (visível ou identificado por meio do exame de urina);
- Infecção urinária (pode estar associada à febre e a calafrios, que caracterizam a pielonefrite aguda e indicam maior gravidade)
Relatos antigos
Há referências da presença de cálculos em múmias do Antigo Egito, mas os escritos mais antigos sobre o tema de que se têm notícia são de Hipócrates. O chamado "pai da medicina", que viveu na Grécia Antiga, formulou uma teoria sobre a formação de cálculos e escreveu sobre o exame de urina para auxiliar no diagnóstico.
Fonte: Alexandre Danilovic, urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
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