Por que algumas placas e pinos não apitam na porta do banco e no aeroporto?
É comum que uma pessoa após sofrer uma fratura precise utilizar placas ou pinos para estabilizar o osso, fazendo com que ele se consolide mais rapidamente. Para isso, são utilizados diversos tipos de materiais biocompatíveis com seres humanos, ou seja, que não provocam rejeição quando implantados.
Mas você já reparou que atualmente muitas placas e pinos não apitam mais na entrada de bancos ou aeroportos?
De maneira geral, materiais de implantes ortopédicos (placas e pinos) têm poucas chances de serem detectados porque são feitos de ligas com baixa suscetibilidade magnética. Além disso, são costumeiramente alocados profundamente embaixo de pele, gordura e músculos, o que dificulta a detecção. Paulo Alvim, ortopedista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
- Qualquer metal pode ser detectado por esses dispositivos.
- Risco aumenta quando a pessoa tem um pino ou placa de aço inoxidável em regiões mais superficiais (como no tornozelo) e implantes muito grandes, como é o caso de próteses de joelhos.
- Vale destacar que os pinos, placas, parafusos e hastes só podem ser feitos de aço inoxidável ou de ligas metálicas.
- As mais utilizadas são aquelas à base de titânio, alumínio, vanádio e cromo cobalto. São ligas de alta resistência mecânica e corrosiva.
E o que fazer se algum detector de metal for acionado e apitar? O primeiro passo é manter a calma.
Sabemos que, dependendo da quantidade de placas ou da sensibilidade do sensor de segurança, pode, sim, haver percepção e bloqueio da passagem. Porém, nestes casos, a apresentação do atestado médico, descrevendo os procedimentos realizados, já é o suficiente para liberar a circulação da pessoa. José Eduardo Nogueira Forni, ortopedista e vice-presidente do Comitê de Dor da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
Para evitar constrangimentos e até se atrasar, se você tem pinos, placas ou hastes no corpo e for viajar, é melhor se prevenir e andar com os seus laudos e relatórios médicos na mochila.
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