Tenho refluxo e uma hérnia hiatal. Como posso evitar o incômodo?

Além de buscar a ajuda de um médico gastroenterologista, você pode realizar algumas mudanças comportamentais:

• Elevar a cabeceira da cama em aproximadamente 15 cm;
• Moderar a ingestão de alimentos que podem causar os sintomas de refluxo, como cítricos, café, bebidas alcoólicas ou gasosas, menta, hortelã, tomate, chocolate;
• Tomar alguns cuidados especiais com medicamentos potencialmente de risco: anticolinérgicos, teofilina, bloqueadores dos canais de cálcio, alendronato;
• Evitar se deitar nas duas horas depois das refeições;
• Evitar fazer refeições pesadas;
• Não ingerir bebidas durante as refeições;
• Suspender o fumo;
• Reduzir o peso corporal em obesos.

Além disso, você poderá ter que fazer uso de medicações ou até a cirurgia. Mas vale saber que o tratamento cirúrgico costuma ser indicado para os pacientes que necessitam usar a medicação ininterruptamente, os intolerantes ao tratamento clínico prolongado e quando houver alguma complicação da doença.

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No caso da hérnia de hiato, o gastroenterologista fará uma avaliação para saber se há a necessidade de realizar uma cirurgia para a correção da hérnia.

O que são hérnia de hiato e refluxo?

A doença do refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo gástrico volta para o esôfago, causando sintomas e complicações. Os sinais típicos relatados pela maioria dos pacientes são:

• Regurgitação ou retorno do conteúdo gástrico ácido até a cavidade oral;
• Sensação de queimação no centro do tórax;
• Tosse seca crônica;
• Apneia do sono;
• Rouquidão;
• Pigarro;
• Dor no tórax que não está ligada a problemas cardíacos;
• Erosão dental (desgaste do tecido dental);
• Aftas;
• Mau hálito.

Já a hérnia de hiato é quando parte superior do estômago entra no diafragma, músculo que faz a separação do tórax e do abdome. A hérnia hiatal está entre as principais causas da doença de refluxo gastroesofágico, mas é importante salientar que o refluxo pode ocorrer na presença ou na ausência da hérnia.

Os tratamentos indicados para a doença controlam o refluxo, os seus respectivos sintomas e complicações, porém não curam o problema. Já a cirurgia alcança excelentes resultados no controle do refluxo e suas complicações, no entanto esse procedimento também não é definitivo.

Portanto, é necessário continuar as mudanças comportamentais para sempre. Afinal de contas, ao não seguir o tratamento, podem surgir novas complicações, como:

• Anemia;
• Emagrecimento;
• Disfalgia (sensação de entalo);
• Hemorragia digestiva;
• Dor durante a deglutição;
• Úlceras ou estreitamento no esôfago.

Fontes: Caio Freire, médio gastroenterologista do Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza (CE); Jean Tafarel, médico gastroenterologista dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, de Curitiba (PR); Marcelo Maurício Germoglio, médico gastroenterologista da Unidade do Sistema Digestivo do HULW-UFPB (Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba), ligado à rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

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