Foto de muçarela mofada chama atenção; veja sinais de queijo estragado
A imagem de uma muçarela mofada, depois de ter sido "esquecida na geladeira", chamou a atenção no Twitter. "Essa mussarela (sic) que ficou esquecida meio século no fundo da minha geladeira ainda está boa pra consumo, não está?", brincou a autora da publicação, que já recebeu mais de 65 mil curtidas na rede social.
Alimentos de origem animal, como queijos e leite, têm vida curta dentro da geladeira. Os queijos, por exemplo, variam de três dias a um mês.
Onde o queijo deve ser guardado na geladeira? Na prateleira superior, junto com os alimentos mais perecíveis, como laticínios, iogurte, manteiga, comidas prontas e carnes em processo de descongelamento. Eles devem ficar mais próximos ao congelador, pois necessitam de maior refrigeração.
Faz mal comer queijo estragado? Sim. Comida mofada pode provocar diversos problemas como diarreia, vômito e até afetar o sistema nervoso.
Como identificar queijo estragado
Embora a muçarela da foto esteja nitidamente estragada, os sinais da presença de fungos no alimento podem ser menos óbvios.
Sabe aquela fatia de muçarela que você deixou na geladeira e apenas uma pontinha está diferente do resto? A mudança indica ressecamento e pode ter ocorrido perda de umidade.
Se não ocorrer alterações de cor, bolor ou mofo não há problema nenhum em consumir, desde que o produto ainda esteja dentro do prazo de validade.
A comida vai dar sinais como alteração de cor, modificação de textura, sabor e tudo isso deve ser levado em consideração. Certos alimentos parecem estar livres de microrganismos, porém, eles podem estar infectados e não é possível identificá-los a olho nu. Clarissa Hiwatashi Fujiwara, nutricionista da Abeso.
No entanto, se houver alguma parte estragada, a recomendação é descartar a peça toda.
O mofo que aparece na superfície do produto é uma parte do fungo conhecido como micélio aéreo, porém as hifas, que seriam 'ramificações' que a gente não enxerga, se desenvolvem no interior do produto, podendo produzir micotoxinas, e, consequentemente, a doença transmitida por alimentos. Nathália Cirone, professora de Microbiologia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.
E os "furinhos" no queijo?
Para a produção de queijos é necessária a manipulação de bactérias lácteas que produzem outros compostos e enzimas, responsáveis pela maturação do produto e também por dar aroma, textura e sabor.
- No caso dos queijos específicos que são compostos com furinhos, um processo feito com as bactérias boas conhecidas como propriônicas (que não oferecem nenhum risco à saúde) faz com que os furos sejam formados e o queijo pode ser consumido sem problema nenhum. É o caso dos tipos gruyere e emmental, por exemplo.
- Já em queijos frescos, como o queijo minas frescal, furos em excesso podem ser um sinal de contaminação.
- Mas diversos fatores podem provocar essas características. Eles se tornam suspeitos quando estão muito próximos à superfície, possuindo buracos grandes e irregulares, sem formato característico.
Recomendações na hora de comprar queijo
- É importante que o queijo tenha um certificado de origem, como Serviço de Inspeção Federal (SIF), atestando que o alimento seguiu padrões de higiene.
- Olhar bem a embalagem, checar a limpeza e se há um certificado de registro no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
- Se for artesanal, cheque o selo de qualidade e se ele possui furinhos irregulares. Se não são construídas de forma homogênea e têm uma aparência 'rendada', tem que suspeitar.
*Com informações de reportagens publicadas em 17/09/2018, 17/07/2020 e 04/04/2022.
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