Não seja sem noção: 10 regras de etiqueta para visitar paciente em hospital
Quem já visitou um amigo, familiar ou recém-nascido no hospital sabe como esse tipo de situação nos deixa sem saber como agir, ainda mais estando o paciente em estado delicado, em UTI ou quando é preciso permanecer como acompanhante.
São dúvidas comuns se podemos, ou não, tocar o outro, sentar no leito, manipular aparelhos, usar o mesmo banheiro, falar habitualmente, levar algo de fora. Além disso, nos preocupamos com duração das visitas, pedidos do paciente e número de acompanhantes, incluindo crianças.
Ou seja, comparecer a um hospital, seja por instantes ou prazo indeterminado, pode ser uma das experiências que mais exigem preparo e para não ficar perdido e enfrentar problemas, VivaBem compilou algumas regras de etiqueta que você deve seguir, segundo especialistas.
Respeite horários
Visitas diárias aos pacientes são permitidas, mas desde que sejam respeitados os horários estabelecidos pelo hospital. Os visitantes devem fornecer seus dados pessoais na recepção e utilizarem em local visível alguma identificação de acesso, como crachá, pulseira ou adesivo.
É preferível também checar antes o melhor horário para o paciente receber visitas, para não atrapalhar algum procedimento, como exames, banho, troca de roupa, alimentação, sono.
Sobre a duração do encontro, de 30 minutos a uma hora, mas dependerá do estado do paciente (se está acordado, com tubo respiratório, alteração de consciência) e do grau de intimidade entre vocês. Sendo bebê, pense no descanso dele e da mãe, melhor visitar depois.
Limite crianças e muita gente
Hospital não é lugar de passeio, sendo alguém íntimo do paciente, informe que, geralmente, mas nem sempre, nas visitas só podem uma ou duas pessoas por vez, com revezamento. Se o paciente estiver internado com covid-19, o contato tende a ser virtual, agendado com equipe.
A entrada de menores de 12 anos não é indicada, mas se for um desejo do paciente ou ele estiver bem e fora da UTI, pode ser avaliada essa possibilidade. Crianças pequenas e idosos devem evitar ambientes hospitalares por terem, mais facilmente, imunidade baixa. Quanto a visitar recém-nascidos, o ideal é que apenas familiares próximos compareçam à maternidade.
Desligue o celular no quarto
Ao entrar na UTI ou maternidade é recomendado que as visitas desliguem o celular, pois o aparelho faz barulho, incomoda e acorda o paciente debilitado ou recém-nascido. Também não é ético fotografar, filmar e, pior, publicar na internet, alguém em situação de privacidade, vulnerável e dependente de cuidados, e muito menos os profissionais de saúde envolvidos.
Lave as mãos antes e depois
No dia a dia, lavar muito bem as mãos com água e sabão é fundamental e, quando se está dentro do hospital, mais ainda, para prevenção de infecções. Esse cuidado deve ocorrer antes de entrar no quarto do paciente e após a visita. Como anel, relógio, pulseira também devem ser limpos, o ideal é ir sem eles. Só não dispense frasco de álcool em gel e máscaras, de uso obrigatório. Use ainda avental, touca e luvas, quando for indicado pelo profissional de saúde da unidade.
Não sente ou apoie na cama
Para evitar contaminações e deixar cheiros, como de perfume e cigarro, não se sente no leito do paciente, nem coloque bolsa, chaves, sacolas e outros objetos pessoais sobre ele. Tem mais, o hospital não se responsabiliza por perdas. Visitas costumam ser rápidas justamente para não cansar o paciente e seus entes, que não dispõem de cama, no máximo, assentos.
Não manipule o paciente
Tocar e fazer carinho de leve no paciente pode. Porém, em se tratando de bebês, o correto é que antes ele tenha recebido as primeiras vacinas ao nascer. Quanto a carregá-lo no colo, só se a mãe oferecer e a enfermagem permitir, do contrário, não peça. Em se tratando de outros pacientes, não manipule ou tente ajudá-los com curativos, a se movimentar, acione alguém.
Não retire ou mexa em aparelhos
Os equipamentos e dispositivos que monitoram e exibem informações e sinais vitais do paciente ajudam enfermeiros, auxiliares e médicos a entenderem seu quadro e determinar o tratamento adequado.
Ocasionalmente, disparam alarmes e podem incomodar o paciente, mas não devem ser mexidos ou retirados por ninguém de fora, mas verificados pela equipe.
Não leve comida nem flores
O cardápio servido pelo hospital pode não agradar a todos, mas segue diretrizes nutricionais, de acordo com o quadro do paciente. Se ele comer ou beber algo de fora corre o risco de se contaminar, ou agravar possíveis restrições, descontroles, alergias, intolerâncias e debilidades.
Quanto a levar presentes, priorize os que entretenham, como livros, filmes, itens religiosos, mas eles devem estar higienizados ou lacrados. Flores e plantas não podem entrar no quarto, pois causam alergias, infecções por fungos, podendo arriscar a vida de pacientes imunodeprimidos.
Utilize o banheiro externo
Se possível, prefira utilizar os banheiros próprios para visitantes, localizados em áreas comuns do hospital, ao que o banheiro exclusivo do paciente, ainda mais se ele estiver com alguma infecção gastrointestinal e você não tiver certeza se o local foi higienizado após sua utilização. Agora, se estiver de acompanhante, vale carregar consigo protetores de assento sanitário.
Fale baixo, com calma e o necessário
Além de não conversar no celular dentro do quarto, fale em tom de voz baixa, afinal a situação pede silêncio. Durante a visita do médico, também procure conversar com ele sobre o estado de saúde do paciente fora do quarto, ainda mais se o diagnóstico for irreversível. Mantenha a calma, para compreender todas as informações e evitar falatórios e erros de comunicação.
Já com o paciente, dialogue da mesma maneira de sempre. Se ele estiver acordado, mas com limitações para responder, seja breve, fale e faça perguntas muito simples e que possam ser respondidas com movimentos sutis de cabeça para dizer "sim" ou "não" e não seja insistente.
Fontes: Paulo Camiz, geriatra e professor de clínica geral do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Lays Almeida, enfermeira pela UFT (Universidade Federal do Tocantins); Leide Batista, psicóloga pela Faculdade Castro Alves, de Salvador (BA); e Beatriz Martins, nutricionista especializada em nutrição pediátrica pela Unesp (Universidade Estadual de São Paulo).
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