Hanseníase pode causar dor e manchas na pele, mas tem tratamento gratuito
No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, marcado neste domingo (29), a Organização Mundial da Saúde reitera a meta de ter 120 países sem qualquer caso nativo até 2030.
Os registros da doença mostram uma queda de 30%, quando comparados aos 200 mil casos anuais diagnosticados antes da pandemia de covid-19. Essa redução é atribuída a interrupções em programas de saúde naquele período.
Estigma e da discriminação
O termo "lepra", por exemplo, não é mais utilizado pelo teor discriminatório e estigmatizante em relação às pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares.
Milhões de pessoas vivem com deficiências relacionadas à hanseníase, principalmente na Ásia, África e América do Sul.
Já existe um tratamento gratuito, com uma combinação de antibióticos, conhecido como terapia multimedicamentosa. Se não tratada, a doença pode levar a complicações graves.
Por isso, a OMS acredita ser possível, ainda nesta geração, travar a transmissão da doença que tem mais de 4 mil anos.
Possibilidade de eliminação
A ONU destaca que o tema do ano reflete ainda a possibilidade de eliminação da doença já que existem ferramentas disponíveis para interromper a transmissão.
A OMS pede ainda que a data sirva de reflexão para atuar imediatamente, mobilizar recursos e impulsionar o compromisso priorizando a eliminação da hanseníase.
Por fim, a agência ressalta a necessidade de se conseguir chegar às pessoas sem acesso ao tratamento da doença que é evitável e tratável.
Entenda a doença
- A hanseníase é uma doença infecciosa com transmissão por vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), assim como ocorre com a covid-19 e em quadros de resfriado.
- No entanto, é preciso um contato prolongado com o portador do bacilo --pelo menos 20 horas ou mais por semana. Por isso, os casos normalmente ocorrem em pessoas da mesma família, colegas de escola ou trabalho, por exemplo.
- Ela é causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen (alusão à Gerhard Hansen, bacteriologista que descobriu a doença em 1873).
- O tratamento, poliquimioterapia, é gratuito e consiste em um combo de três antibióticos.
Quais os sintomas
Os sinais de hanseníase tendem a ser mais evidentes apenas com o surgimento de lesões esbranquiçadas ou avermelhadas. De maneira geral, os sintomas demoram a aparecer. Isso acontece porque o período médio de incubação da doença é de cinco anos, já que o bacilo se reproduz lentamente, segundo a Opas. Veja os principais sinais:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo;
- Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;
- Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor);
- Área de pele seca e com falta de suor;
- Edema ou inchaço de mãos e pés;
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;
- Febre, edemas e dor nas juntas;
- Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
- Ressecamento nos olhos.
* Com informações de reportagem publicada em 18/01/2022.
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