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Existe um horário ideal para dormir? Médica tira dúvidas sobre sono

Colaboração para VivaBem

03/02/2023 04h00

Segundo um estudo da USP realizado em 2022, 65% dos brasileiros relatam algum problema relacionado ao sono, principalmente a insônia. No oitavo e último episódio da quinta temporada do Conexão VivaBem, a especialista do sono Dalva Poyares tira dúvidas sobre o assunto.

Existe um horário ideal para dormir melhor?

De acordo com a médica, o horário ideal para dormir é quando há uma sinalização do corpo e o indivíduo sente sono. Além disso, muitas vezes o horário ideal também é genético.

Ela dá como exemplo pessoas que são vespertinas. O organismo delas entende que a hora de dormir não é às 21h, mas meia-noite. Se elas forem deitar bem antes dessa sinalização, vão demorar para dormir.

O que é insônia?

A insônia é um distúrbio em que o indivíduo não consegue dormir. Para ser classificado como um problema crônico, existe um critério em que a pessoa apresenta dificuldades de iniciar ou manter o sono, ou ainda despertar precocemente, no mínimo três vezes por semana, por três meses.

Insônia é uma questão só mental?

Segundo a médica, existe uma alteração detectável funcional dentro do cérebro de pessoas que têm insônia. As áreas que são responsáveis pela vigília no cérebro deveriam diminuir a atividade à noite, mas não diminuem mesmo que o insone esteja dormindo. "É como se você estivesse dormindo, mas não ao mesmo tempo", comenta.

É prejudicial dormir com pets?

A especialista diz que, embora haja pessoas que adorem dormir com pets e que eles sejam da família, a prática não é legal. Dormir com animais, principalmente gatos, pode causar algum tipo de alergia, como a alergia respiratória.

Dá para recuperar o sono perdido no fim de semana?

De acordo com a especialista, o tema é controverso. Ela explica que o ideal é não ter uma grande variabilidade.

Para quem a melatonina é indicada?

A melatonina é um hormônio que o organismo produz naturalmente para o período do sono, mas ela também está disponível na forma de suplemento.

Segundo Dalva, existem poucas indicações oficiais para a suplementação de melatonina, mas ela pode ajudar em alguns casos, como pessoas com autismo, pessoas cegas que não têm sensibilidade à luz (existem cegos que reagem à luz) e indivíduos que vão viajar e enfrentar diferentes fuso horários.