BBB 23: Marvvila diz que tem 'um dedo extra'; entenda a polidactilia
A participante Marvvila, do BBB 23 (Globo), contou para o brother Ricardo que tem um dedo extra. Nascida com polidactilia, ela disse ter vergonha da condição, uma deformidade congênita em que mais de cinco dedos estão presentes na mão.
Marvvila disse que, apesar de ter passado por uma cirurgia para a retirada do dedo, sobrou um pedaço do "dedinho pendurado num fio". "Eu ia arrancar antes de vir pra cá", disse ela. "Em cima da hora eu mandei mensagem pra dermatologista e falei: 'Tem como arrancar esse dedinho?' Aí ela: 'arranco'. Só que não deu tempo, passou assim e eu já tava aqui".
Existem vários tipos de polidactilia. "Em alguns casos a duplicação é na base e, em outros, somente na extremidade", explica o ortopedista e cirurgião da mão Antônio Carlos da Costa, vice-presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão).
Segundo Costa, é comum que após a cirurgia de correção "sobre" um resto da base. "Isso porque cortamos o dedo supranumerário na base dele. Algumas vezes sobra um resto de tecido".
Nos casos em que a duplicação ocorre na extremidade do dedo, também pode ficar um resto de unha, causando desconforto, mas sem perda da função do dedo, explica o médico.
Costa explica que, se estiver incomodando o paciente, essa sobra de tecido pode ser extraída por via cirúrgica.
O que causa polidactilia?
A principal causa é genética, que explica casos repetidos na mesma família, como é o caso de Marvvila.
"Meu avô, minha mãe, os filhos da minha mãe, a irmã da minha mãe, os sete filhos da irmã da minha mãe, meus primos, os filhos dos meus primos [também nasceram assim]. Genética fortíssima", disse ela.
- O pai ou mãe tem um gene autossômico dominante, passado para os filhos. Mesmo assim, a criança pode apenas herdar a alteração genética sem manifestar a polidactilia.
- Também há associação com modificações genéticas aleatórias, sem histórico na família. E com as síndromes Greig e a de Bardet-Biedl, sendo imprescindível o diagnóstico.
Precisa operar?
A cirurgia é sempre indicada, mesmo quando os dedos têm formação completa.
Em geral, a orientação é fazer até os 3 anos, idade em que a criança já tem mais condições anestésicas. Há duas etapas para determinar qual dedo será retirado:
- Raio-X: analisa a parte óssea;
- Exame físico: avalia a sensibilidade nos dedos e as suas funções.
O protocolo é o mesmo para adultos, comenta o cirurgião Samuel Ribak. E, no pós-cirúrgico, a indicação é fazer fisioterapia para restabelecer a mão.
*Com informações de reportagem publicada em 05/12/2022.
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