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Jogador do Leipzig doa medula óssea; como funciona o procedimento?

Willi Orbán, 30, tem sangue compatível com paciente tratando câncer - Divulgação/RB Leipzig
Willi Orbán, 30, tem sangue compatível com paciente tratando câncer Imagem: Divulgação/RB Leipzig

De VivaBem*, em São Paulo

08/02/2023 14h51

Um jogador do time alemão RB Leipzig tem faltado aos treinos por um motivo importante. Willi Orbán, 30, descobriu que tem compatibilidade sanguínea com um paciente que trata leucemia, um tipo de câncer que acomete os glóbulos brancos do sangue e a medula óssea.

Ele está afastado para receber injeções que aumentam o número de células-tronco, obtidas principalmente dentro da medula óssea. O jogador não vai participar do próximo jogo do time, no sábado (11), contra o Union Berlin.

De acordo com o clube alemão, Willi está cadastrado no banco nacional de doadores do país desde 2017, mas só agora foi chamado, devido à compatibilidade com outra pessoa.

Como funciona a doação de medula?

  • Para ser um doador no Brasil, basta procurar o hemocentro do estado e agendar uma consulta de esclarecimento sobre a doação de medula óssea.
  • O voluntário precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. É necessário apresentar um documento de identidade.
  • Ele vai assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e preencher uma ficha com informações pessoais.
  • Será retirada uma pequena quantidade de sangue --10 mililitros (ml)-- do candidato a doador.
  • A partir daí, o sangue é analisado por um teste que identifica características genéticas a serem cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.
  • Em seguida, os dados pessoais e o tipo do sangue são incluídos no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
  • Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário será consultado para decidir quanto à doação.
  • Para seguir com o processo, são necessários outros exames que confirmem a compatibilidade, além de uma avaliação clínica de saúde.
  • Somente ao final dessas etapas o doador poderá ser considerado é apto ou não.

Procedimento

  • A doação de medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral.
  • O procedimento dura cerca de 90 minutos e requer internação por um período de 24 horas.
  • Nos primeiros três dias após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples de controle da dor.
  • Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação.

Há riscos?

  • Segundo o Inca, relatos médicos de problemas graves ocorridos a doadores durante e após o procedimento são raros e limitados a intercorrências controláveis.
  • Por isso, o estado físico de saúde do doador é checado antes.
  • Em alguns casos, é relatada pequena dor no local da punção, dor de cabeça e cansaço.
  • Por volta de 15 dias, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada.

E quem recebe a doação?

  • No transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode acontecer. Por isso, existe a preocupação com a seleção do doador adequado e o preparo do paciente.
  • O sucesso do transplante depende de fatores como o estágio da doença, o estado geral e as boas condições nutricionais e clínicas do paciente e do doador.

Quem necessita de transplante de medula óssea?

  • Pacientes com problemas que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como as leucemias, além de outras doenças na medula óssea.

*Com informações do Ministério da Saúde e reportagem publicada em 23/07/2022.