Remédio para gripe: o que é bom tomar? Veja o que funciona de verdade
É gripe? Mesmo? Quando ficamos doentes, logo pensamos a qual remédio para gripe podemos recorrer. Mas antes de mais nada é preciso entender: será que o que eu tenho é gripe mesmo?
Gripe e resfriado são bem semelhantes, com poucas diferenças:
- Gripe é causada pelo vírus influenza, e existem alguns tipos até famosos como a H1N1, H3N2, entre outros. Normalmente, esse microrganismo ataca o sistema respiratório superior, causando sintomas como dor de cabeça, febre, nariz entupido, mialgia (a famosa dor no corpo todo) e dor de garganta, que duram entre cinco e sete dias.
- Resfriado, mais leve, é causado por um grupo que inclui adenovírus, vírus sincicial respiratório e parainfluenza, que ficam no sistema respiratório superior. Com isso, os principais sintomas apresentados são tosse, secreção nasal, um pouco de dor de garganta e a febre dará as caras muito mais raramente e em temperaturas mais baixas.
Se é gripe ou resfriado, só tem um jeito de descobrir: fazendo o exame específico de influenza. Quem pode pedir isso é o médico, que também vai determinar o melhor tipo de remédio para o problema. Confira abaixo:
Antiviral, o melhor remédio para gripe
Se o paciente está mesmo com gripe, existe um remédio específico para ela, o oseltamivir, que você certamente conhece pelo nome comercial de Tamiflu. Esse é um antiviral (e existem outros no país, mas menos utilizados), que é indicado para reduzir a quantidade de vírus no corpo. No entanto, existem alguns pontos que o médico precisa considerar, como:
- Tempo de infecção: normalmente o oseltamivir é receitado até o terceiro dia, depois disso seu efeito é menor;
- Estado de saúde do paciente: pessoas com sistema imunológico mais fraco, devido a idade, imunossupressão ou existência de doenças sistêmicas (como diabetes e hipertensão), têm maior indicação ao antiviral;
- Gravidade: o paciente apresenta sintomas mais leves ou pesados? No primeiro caso, o antiviral pode não ser necessário, já que o corpo pode combater sozinho a doença.
Remédios que aliviam sintomas da gripe
Além dos antivirais, existem alguns tipos de remédios que ajudam no combate aos sintomas que já citamos. Os principais são:
1 - Antitérmicos e anti-inflamatórios
Aqui entram:
Todos agem reduzindo as proteínas e citocinas que nosso corpo produz para aumentar a temperatura quando estamos expostos a vírus e bactérias. Isso porque por mais que a febre tenha a função de reduzir a carga dos microrganismos que causam doenças, ela acaba não sendo sempre funcional, já que pode induzir a convulsões quando muito alta, entre outros problemas.
Vale lembrar, no entanto, que até mesmo eles devem ser indicados pelo médico, já que existem grupos de pessoas que podem ser alérgicos a seus componentes.
2 - Anti-histamínicos
Os anti-histamínicos ajudam o paciente com gripe e excesso de secreções, pois ajudam a secá-las, o que atua no controle de coriza. Eles estão muito presentes nesses remédios antigripais que você encontra em venda livre nas farmácias, associados a substâncias anti-inflamatórias e, às vezes, algum corticoide. Contudo, é preciso ter cuidado, já que muitas vezes eles podem acabar atrapalhando a expectoração
3 - Expectorantes e medicamentos para tosse
Quando a tosse aparece, é normal que a pessoa busque tratar-se com um xarope expectorante. O ideal é buscar aqueles que sejam mucolíticos, já que ajudarão a aumentar e diluir o muco, tornando-o mais fácil de ser expelido durante a tosse ou ao assoar o nariz.
4 - Analgésicos
Se você está com muita dor no corpo, pode recorrer a analgésicos para aliviar esses sintomas também, mas sempre tomando cuidado com a automedicação.
Remédios caseiros para gripe
Quando falamos em gripe, sempre tem alguém indicando alguma solução caseira, como um suco de laranja e acerola, um leite quente com mel... De modo geral, não há grandes evidências científicas dessas receitas caseiras, apesar de sabermos como a vitamina C tem um papel importante na prevenção de doenças.
Para os especialistas, por mais que não haja evidências de sua ação, também não dá para dizer que esses recursos fazem mal se forem administrados juntamente aos medicamentos adequados e prescritos por profissionais.
Além disso, em pacientes que estejam com níveis baixos de alguns nutrientes, principalmente a já citada vitamina C, podem acabar apresentando alguma melhora ao corrigirem o aporte deles.
Fontes: Antonio Bandeira, infectologista, membro diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e coordenador de SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do Hospital Aeroporto (BA); e Werciley Junior, infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, de Brasília
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