Isa Scherer suspeita de mastite após febre e dor no peito; entenda o que é
A atriz Isabella Scherer compartilhou com os seus seguidores no Instagram que passou a noite com sintomas de mastite, uma inflamação na mama que atinge mulheres que amamentam e pode vir acompanhada de infecção.
Essa não é a primeira vez que Scherer tem o problema. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que de 74% a 95% dos casos de mastite ocorrem nas primeiras 12 semanas após o parto. Por conta disso, às vezes a mãe é obrigada a desmamar o bebê antes do que gostaria.
Acho que tô começando a ter mastite de novo. Passei a noite com febre e o peito doendo muito. Horrível Isa Scherer, nos Stories
O que é mastite?
- A mastite geralmente ocorre quando bactérias penetram na pele, através de uma rachadura perto ou ao redor do mamilo, gerando um processo inflamatório.
- Também acontece quando há obstrução dos dutos de leite, que o transportam das glândulas mamárias ao mamilo. Se eles são bloqueados, há acúmulo de leite na mama que causa inflamação, podendo resultar em infecção.
Por quê? O leite que fica estagnado fornece um ambiente propício para o aumento das bactérias. Se a mastite não for tratada precocemente, pode evoluir para um abscesso (pus). Nesses casos, a mulher necessita de internação para realizar um procedimento cirúrgico, além de interromper a amamentação.
Fatores de risco
- Fissuras nas mamas, que ocorrem devido à "pega" errada do bebê no bico do peito, na hora de mamar;
- Aumento do intervalo entre as mamadas (que faz com que o leite se acumule nas mamas);
- Desmame abrupto (também favorece o acúmulo de leite);
- Uso de bicos artificiais ou de sutiãs inadequados também contribuem para o surgimento do problema.
Há ainda fatores de riscos para a mastite que não estão diretamente ligados à amamentação, como tabagismo, estresse, cansaço, menopausa, envelhecimento da pele, cortes e feridas no mamilo, como para a colocação de um piercing Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz e da Clínica GRU (SP)
- Casos mais raros: há também as mastites crônicas, desencadeadas pela baixa imunidade, predisposição ao problema e por diversas doenças que causam a inflamação mamária --diabetes, tuberculose, lúpus, herpes, entre outras.
No caso da mastite crônica não há infecção e ela ocorre devido a uma fraqueza do sistema imunológico. É mais comum em mulheres de 40 a 50 anos Mariana Rosário, ginecologista e mastologista do Hospital Albert Einstein (SP)
Quais os sintomas de mastite?
O diagnóstico da mastite é simples. O mastologista, médico especialista nas mamas, observa os sintomas e solicita alguns exames. Em certos casos, pode ser necessária a biópsia para descartar suspeita de câncer de mama, por exemplo.
Na maioria das vezes, essa condição afeta apenas uma das mamas e causa:
- Inchaços ou aumento dos seios;
- Vermelhidão, sensibilidade ou uma sensação de calor na mama;
- Coceiras;
- Calafrios;
- Pequenos cortes ou feridas no mamilo;
- Febre;
- Endurecimento da mama;
- Dores no corpo;
- Sensação de mal-estar.
Como é o tratamento?
O tratamento da mastite varia desde o uso de antibióticos a pequenas intervenções cirúrgicas.Na mastite lactacional, o tratamento se faz com antibióticos por até 21 dias e a manutenção da amamentação. No caso das mastites crônicas, é necessária a identificação da patologia causadora e o tratamento específico pode exigir analgésicos, antifúngicos, corticoides e imunossupressores Anastasio Berrettini Junior, mastologista do Hospital Santa Catarina (SP) e membro da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia)
*Com informações de reportagem publicada em 17/03/21.
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