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Isa Scherer suspeita de mastite após febre e dor no peito; entenda o que é

Isa Scherer desabafou no Instagram sobre os sintomas de mastite - Reprodução/Instagram
Isa Scherer desabafou no Instagram sobre os sintomas de mastite Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

20/02/2023 15h38

A atriz Isabella Scherer compartilhou com os seus seguidores no Instagram que passou a noite com sintomas de mastite, uma inflamação na mama que atinge mulheres que amamentam e pode vir acompanhada de infecção.

Essa não é a primeira vez que Scherer tem o problema. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que de 74% a 95% dos casos de mastite ocorrem nas primeiras 12 semanas após o parto. Por conta disso, às vezes a mãe é obrigada a desmamar o bebê antes do que gostaria.

Acho que tô começando a ter mastite de novo. Passei a noite com febre e o peito doendo muito. Horrível Isa Scherer, nos Stories

O que é mastite?

  • A mastite geralmente ocorre quando bactérias penetram na pele, através de uma rachadura perto ou ao redor do mamilo, gerando um processo inflamatório.
  • Também acontece quando há obstrução dos dutos de leite, que o transportam das glândulas mamárias ao mamilo. Se eles são bloqueados, há acúmulo de leite na mama que causa inflamação, podendo resultar em infecção.

Por quê? O leite que fica estagnado fornece um ambiente propício para o aumento das bactérias. Se a mastite não for tratada precocemente, pode evoluir para um abscesso (pus). Nesses casos, a mulher necessita de internação para realizar um procedimento cirúrgico, além de interromper a amamentação.

Fatores de risco

  • Fissuras nas mamas, que ocorrem devido à "pega" errada do bebê no bico do peito, na hora de mamar;
  • Aumento do intervalo entre as mamadas (que faz com que o leite se acumule nas mamas);
  • Desmame abrupto (também favorece o acúmulo de leite);
  • Uso de bicos artificiais ou de sutiãs inadequados também contribuem para o surgimento do problema.

Há ainda fatores de riscos para a mastite que não estão diretamente ligados à amamentação, como tabagismo, estresse, cansaço, menopausa, envelhecimento da pele, cortes e feridas no mamilo, como para a colocação de um piercing Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz e da Clínica GRU (SP)

  • Casos mais raros: há também as mastites crônicas, desencadeadas pela baixa imunidade, predisposição ao problema e por diversas doenças que causam a inflamação mamária --diabetes, tuberculose, lúpus, herpes, entre outras.

No caso da mastite crônica não há infecção e ela ocorre devido a uma fraqueza do sistema imunológico. É mais comum em mulheres de 40 a 50 anos Mariana Rosário, ginecologista e mastologista do Hospital Albert Einstein (SP)

Quais os sintomas de mastite?

O diagnóstico da mastite é simples. O mastologista, médico especialista nas mamas, observa os sintomas e solicita alguns exames. Em certos casos, pode ser necessária a biópsia para descartar suspeita de câncer de mama, por exemplo.

Na maioria das vezes, essa condição afeta apenas uma das mamas e causa:

  • Inchaços ou aumento dos seios;
  • Vermelhidão, sensibilidade ou uma sensação de calor na mama;
  • Coceiras;
  • Calafrios;
  • Pequenos cortes ou feridas no mamilo;
  • Febre;
  • Endurecimento da mama;
  • Dores no corpo;
  • Sensação de mal-estar.

Como é o tratamento?

O tratamento da mastite varia desde o uso de antibióticos a pequenas intervenções cirúrgicas.Na mastite lactacional, o tratamento se faz com antibióticos por até 21 dias e a manutenção da amamentação. No caso das mastites crônicas, é necessária a identificação da patologia causadora e o tratamento específico pode exigir analgésicos, antifúngicos, corticoides e imunossupressores Anastasio Berrettini Junior, mastologista do Hospital Santa Catarina (SP) e membro da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia)

*Com informações de reportagem publicada em 17/03/21.