Saiba como controlar o mal-estar durante viagens de carro, avião e barco
Você é daquelas pessoas que ao andar de carro ou ônibus costuma enjoar, principalmente em curvas muito fechadas? No avião, sofre o mesmo sintoma com as turbulências, ou então com zumbidos e pressão nos ouvidos de decolagens e subidas? Agora, nada pior do que náuseas acompanhadas de queda de pressão e tontura estando a bordo de uma embarcação, não é?
Bom, independentemente da situação, o mais indicado seria se precaver de todos esses males:
- Não fazer refeições muito pesadas na véspera da viagem
- Levar consigo um kit variado de medicamentos
- Se hidratar bastante
- Caprichar na higiene pessoal
- Se movimentar a cada duas horas
- Usar roupas leves, confortáveis e que não apertem
- Fazer um check-up médico geral
Mas se você não se atentou a nenhum item dessa lista, o jeito é se virar como pode. Em situações de mal-estar, a primeira regra é tentar manter a calma, comunicar a quem estiver ao seu lado que você não se sente bem e buscar seguir as dicas que VivaBem compilou a seguir:
Para controlar o mal-estar na estrada
Se estiver em um carro, troque de lugar e sente na frente, ao lado do motorista. Mesmo com a cabeça e o corpo em movimento, busque olhar para um ponto fixo no horizonte, mais adiante, sem se atentar ao formato sinuoso da pista, às placas e ao que aparece vindo na sua direção.
Mas se o mal-estar for grande e você quiser vomitar, o melhor é parar o veículo e descer para respirar, tomar água, ir a algum banheiro e comprar um remedinho para enjoo na farmácia.
Em um local seguro, deitar-se com as pernas para cima pode ajudar a elevar a pressão arterial rapidamente e amenizar os sintomas desagradáveis de sua queda como palidez, sudorese, tontura e visão turva.
Outra tática é sentar-se, abrir as pernas e colocar a cabeça entre os joelhos. Você pode pedir para que alguém pressione sua cabeça para baixo, enquanto tenta forçá-la para cima. Apertar uma mão contra a outra frente ao corpo também ajuda a aumentar a circulação no cérebro.
Já no ônibus, procure sentar-se na janela, mas não para apreciar a paisagem, para você receber ventilação e reduzir o enjoo. Também não fique mexendo no celular ou lendo. Se possível, ainda no trajeto, coma uma maçã ou bolacha de água e sal para cortar a sensação.
No ar, tenha sacos, chicletes e protetores
Em voos, há quem passe mal por ansiedade e turbulências. Nesse caso, é necessário comunicar comissários e deixar a respiração mais profunda e lenta, sobretudo a saída do ar. Ou, então, respirar em um saco de papel, sem tirar o rosto, para que o gás carbônico expelido em excesso retorne e estabilize com o pH do sangue, as frequências cardíaca e respiratória e os sintomas.
Caso o problema seja outro, como zumbidos nos ouvidos que surgem ou pioram durante as viagens de avião em decorrência de alterações na pressão do ar, que causam tensão no ouvido médio e no tímpano e uma sensação de abafamento dos sons, algumas alternativas simples para esse problema podem ser mascar chiclete, bocejar e engolir durante a subida e a descida.
Tem mais. Para quem sofre com os ruídos do avião, a ponto de se estressar, ficar com dor de cabeça, insônia e sensibilidade nos ouvidos, que pode piorar devido à junção desse fator com as oscilações de pressão, vale apostar em protetores de ouvidos (auscultadores), mas não tampões, pois pioram o quadro, além de trocar de assento, para ficar longe das turbinas.
Sentar na fileira do meio ou do corredor do avião garante mais estabilidade, evitando o mal-estar comum que alguém que senta nas janelas pode sentir, além de facilitar o esticar das pernas nos corredores e as saídas para caminhar, se alongar e ir ao banheiro, importantes para se evitar a trombose.
É possível não enjoar em rios e mares
As dicas para quem enjoa em curvas valem aqui também, como fixar o olhar em um ponto no horizonte para desfocar das movimentações da água, o que reduz ainda com a tontura. Além de se evitar o celular e fazer leituras durante a viagem. É que o cérebro tende a ficar confuso com a instabilidade ao redor, ainda mais com a cabeça mantida para baixo por muito tempo.
Com mal-estar, não coma durante o passeio, pois com o estômago cheio enjoos ocorrem com mais facilidade. Se for fazer refeições a bordo, opte pelas leves, deixando de lado lanches, salgados, frituras e bebidas alcoólicas.
Também se hidrate, de maneira fracionada, evitando água de origem duvidosa e exposta ao sol.
Em passeios de barco é bom usar peças leves e fresquinhas, de secagem rápida, e caso seja possível e seguro, fique de pé durante o trajeto.
Se preferir ir sentado, procure locais que não balancem muito e sejam arejados, a melhor opção é na parte de trás da embarcação, mais protegida das ondas. Só não se sente de costas para a direção em que o barco se locomove.
Fontes: André Maurício, clínico-geral e cardiologista pela FMB-UFBA (Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia) e professor da Faculdade IPEMED-Afya; Edvânia Soares, nutricionista especialista em nutrição clínica, geral e esportiva da Estima Nutrição, em São Paulo (SP); e Leide Batista, psicóloga pela Faculdade Castro Alves, em Salvador (BA).
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