É verdade que sentir cheiros que ninguém sente é sinal de AVC?
Sim, é verdade, apesar de ser muito raro como uma sequela do AVC. Chamado de fantosmia, esse sintoma ocorre porque, além do nariz, nosso corpo depende do cérebro para perceber odores. Então, quando a área afetada pelo AVC envolve o centro responsável pela percepção e codificação dos cheiros, pode ocorrer a fantosmia.
O AVC é um problema de saúde que acomete os vasos sanguíneos que levam o sangue ao nosso cérebro. Basicamente, existem dois tipos de AVC: hemorrágico e isquêmico.
- Hemorrágico: ocorre quando um desses vasos sanguíneos se rompe.
- Isquêmico: é o mais comum e ocorre quando há interrupção súbita do fluxo de sangue em alguma artéria cerebral. O tecido do cérebro que recebe os nutrientes desta artéria começa a sofrer e, com o tempo (minutos a horas), perde completamente a função. Para se ter uma ideia, a cada 1 minuto que aquela artéria fica "entupida", cerca de dois milhões de neurônios morrem. E esta morte de neurônios é irreversível.
É muito importante buscar imediatamente ajuda médica quando um dos sintomas do AVC aparece. E para saber quais são os sinais do problema, os especialistas indicam sempre se lembrar da sigla Samu:
- S diz respeito à dificuldade que a pessoa pode ter ao sorrir;
- A se refere à dificuldade que a pessoa pode ter em abraçar;
- M lembra da dificuldade em cantar uma música;
- U recorda a urgência com que o paciente com esses sinais deve ser atendido.
E além destes sintomas, também existem outros que merecem atenção, como:
- Não sentir um dos lados do corpo;
- Perda súbita da visão em um dos olhos;
- Enxergar manchas escuras;
- Subitamente perder a coordenação de um dos lados do corpo;
- Vertigem, principalmente se for em pacientes sem histórico prévio de labirintite ou trauma recente na cabeça;
- Visão dupla (enxergar dois objetos em um local que se tem apenas um item).
Ao notar os sintomas, é ideal chamar o Samu (telefone 192), pois os profissionais saberão exatamente para onde levar o paciente. Isso porque o hospital preparado para lidar com casos de AVC deve ter, no mínimo, a disponibilidade de fazer uma tomografia do crânio de emergência e, a partir daí, estabelecer o melhor tratamento, que tem como objetivo permitir que o sangue volte a circular nas áreas afetadas.
Essa terapia pode ser realizada com procedimentos cirúrgicos ou medicamentos. Sem esquecer que, se necessário, o paciente precisará passar um período em reabilitação com uma equipe multidisciplinar, que pode ser composta por fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, enfermagem e médico.
Fontes: Eduardo Berbigier, médico intensivista da UTI do Hospital Baía Sul, em Florianópolis, Fabrício Lima, neurologista e coordenador da Unidade de AVC do HGF (Hospital Geral de Fortaleza); Guilherme Torezani, coordenador da área de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí, em Niterói (RJ) e coordenador da neurologia do Hospital e Clínica São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
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