Reparação ligamentar: como é cirurgia que Neymar fará e quando é indicada?
O PSG anunciou nesta segunda-feira (6) que Neymar vai passar por uma cirurgia de reparação ligamentar no tornozelo direito e pode ficar até quatro meses afastado dos gramados.
Ele será operado nos próximos dias no Hospital Aspetar, em Doha, capital do Qatar. O objetivo é reduzir as entorses do atacante.
A equipe médica do Paris Saint-Germain recomendou uma operação de reparação ligamentar, a fim de evitar um grande risco de recorrência. Todos os especialistas consultados confirmaram essa necessidade. PSG, em nota oficial
Neymar tem enfrentado entorses frequentes no tornozelo direito: na Copa do Mundo, em novembro, se lesionou no primeiro jogo do Brasil e ficou fora de duas partidas. No dia 20 de fevereiro, o brasileiro sofreu novamente com o problema em partida contra o Lille, pelo Campeonato Francês, e está afastado desde então.
Como é a cirurgia de Neymar?
- A cirurgia faz a reconstrução do ligamento, tecido que liga os ossos e as articulações. As técnicas podem ou não usar enxertos de tensões ou fitas resistentes de sutura, a depender da extensão das lesões.
- Após a cirurgia, o jogador fica em média duas semanas imobilizado, para evitar estresses na região.
- Depois, aos poucos, começa a pisar com carga parcial (usando muletas) e inicia a fisioterapia para ganhar força muscular e equilíbrio, que previnem novas lesões.
- Só então vem a transição para voltar ao esporte de alta intensidade.
- A cicatrização completa pode levar até quatro meses.
Quando a cirurgia é indicada?
- Entorses frequentes são um perigo para atletas, pois prejudicam o desempenho e podem levar à instabilidade crônica do tornozelo.
- Essas lesões também aumentam o risco para desgastes adicionais a cada nova repetição, como lesões da cartilagem --na Copa, por exemplo, Neymar também foi diagnosticado com um edema ósseo após fazer exames.
- Por isso, lesões de repetição, como as do atacante brasileiro, são o principal indicativo da necessidade de cirurgia.
Cada nova entorse começa a comprometer a cartilagem do tornozelo. Então, além de o jogador não conseguir jogar por medo e dor, atingir a cartilagem pode complicar o problema e, lá na frente, levar a um desgaste maior chamado artrose. Adriano Leonardi, médico do esporte e mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo
- O protocolo é diferente para não atletas, em que entorses repetitivas são tratadas com intervenções conservadoras --imobilização e fisioterapia, por exemplo.
- No entanto, pessoas com sintomas frequentes (como dor, sensação de tornozelo "falhando" e instabilidades no exame físico) podem ter indicação de cirurgia.
A maioria dos pacientes não atletas é tratada de maneira não cirúrgica. Em atletas isso muda, porque estamos exigindo um nível de velocidade, resistência e intensidade em patamares maiores. Gustavo Tadeu Sanchez, diretor da SBTO (Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico)
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