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Ana Cañas diz que desenvolveu bulimia após assédio; isso é comum?

A cantora Ana Cañas no videocast Desculpa Alguma Coisa, comandado por Tati Bernardi - Mariana Pekin/UOL
A cantora Ana Cañas no videocast Desculpa Alguma Coisa, comandado por Tati Bernardi Imagem: Mariana Pekin/UOL

Do VivaBem*

16/03/2023 12h18

A cantora Ana Cañas contou no programa Desculpa Alguma Coisa, de Universa, que desenvolveu bulimia após sofrer assédio na adolescência, envolvendo uma pessoa da família dela.

Ela disse que levou 20 anos para conseguir falar sobre o tema em uma música, Respeita, cujo clipe contou com a participação de quase 90 mulheres, entre elas Elza Soares, Maria da Penha e Sophie Charlotte.

Externar o caso de abuso, segundo Ana, ajuda a si e outras pessoas que passam pelos mesmos desafios. "Além de promover a cura no plano pessoal, você oferece também um sentido de que 'ah, essa pessoa também passou por isso'", disse.

Causas da bulimia

O transtorno tem origens sociais, genéticas e está associado a diferentes cenários, como:

  • Longas dietas restritivas
  • Histórico de anorexia
  • Transtornos mentais, a exemplo de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), depressão e TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado)

Mas o gatilho para a bulimia também pode ser uma crise familiar, um luto, as pressões estéticas ou outras condições específicas que levem à aversão ao próprio corpo. No caso de Ana Cañas, foi o assédio sofrido na adolescência.

Tratamento para bulimia

A bulimia precisa ser tratada de forma multidisciplinar, ou seja, por diferentes especialidades da saúde. Isso inclui acompanhamento psicológico, psiquiátrico e nutricional.

Mesmo que seja um transtorno alimentar, a bulimia tem impactos na saúde mental, uma vez que a pessoa começa a ter uma relação problemática com a comida. Sentimentos de culpa e arrependimento são intensos, levando a um ciclo de alta ingestão seguida de tentativas compensatórias para eliminar as calorias.

Como há interferências variadas, outros profissionais podem contribuir no tratamento, como educador físico, enfermeiro, fisioterapeuta, odontologista, terapeuta familiar e acompanhante terapêutico.

Quando há necessidade de medicação, podem ser utilizados antidepressivos e anticonvulsivantes para que a pessoa sinta-se mais estável e equilibrada durante o tratamento.

*Com informações de reportagem publicada em 03/11/2021.