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Ator de 'Jurassic Park' revela tratamento de câncer; entenda o linfoma

Sam Neill em "Jurassic Park" de 1993 - Reprodução/IMDB
Sam Neill em 'Jurassic Park' de 1993 Imagem: Reprodução/IMDB

Do VivaBem*

18/03/2023 16h51

O ator Sam Neill, 75, que dá vida ao personagem Alan Grant em Jurassic Park, revelou em seu livro de memórias o diagnóstico de um tipo de câncer sanguíneo em estágio 3. Tudo começou em março do ano passado, quando sentiu gânglios inchados durante a divulgação de Mundo Jurássico: Domínio, em Los Angeles.

A obra começou a ser escrita quando ele fazia tratamento para a doença, mais especificamente um linfoma de células T angioimunoblástico, segundo relata o jornal The Guardian.

"Não tenho medo de morrer, mas isso me incomodaria", disse o ator à publicação. Atualmente, ele segue em tratamento —quimioterapia mensal que será pelo resto da vida—, mas contou que não há sinais de câncer no corpo.

O que é o linfoma de células T?

O linfoma é um dos principais grupos de tumores que afetam as células sanguíneas (outros são leucemia e mieloma) e pode ser dividido em dois tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), há mais de 20 tipos de linfoma não-Hodgkin, que são classificados conforme o tipo de célula afetada, se linfócitos B ou T. Por se tratar de uma doença do sistema linfático, cujo tecido está em todo o corpo, o linfoma pode aparecer em qualquer lugar.

O linfoma não-Hodgkin fica mais comum conforme as pessoas envelhecem, mas é o tipo mais incidente na infância. Os homens têm mais predisposição a desenvolver a doença do que as mulheres.

No ano passado, a atriz Jane Fonda, então com 84 anos, compartilhou que tinha sido diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin. "Estou fazendo quimioterapia há seis meses e estou lidando muito bem com os tratamentos e, acredite, não vou deixar nada disso interferir no meu ativismo climático", disse à época.

Causas do linfoma não-Hodgkin

Não se sabe exatamente o que causa um linfoma, mas alguns fatores podem aumentar o risco, como:

  • Imunidade comprometida, seja por doenças genéticas, infecção pelo HIV ou uso de medicamentos imunossupressores;
  • Exposição a substâncias químicas, como agrotóxicos, solventes orgânicos, radiação ionizante e ultravioleta, entre outras;
  • Altas doses de radiação;
  • Estudos indicam que trabalhadores rurais são um grupo de maior risco, uma vez que estão expostos a diversos agentes químicos.

Sinais e sintomas

  • Aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e ou virilha;
  • Suor noturno excessivo;
  • Febre;
  • Coceira na pele;
  • Perda de peso maior que 10% sem causa aparente.

Tratamentos

O tratamento vai depender do tipo específico de linfoma (lembrando que são mais de 20 tipos), que será identificado por meio de vários exames, como biópsia, punção lombar, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, uma combinação de imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia. Ao The Guardian, Neill disse que o tratamento dele está funcionando bem, apesar de se sentir mal por dois dias após a sessão e ficar sem fome.

*Com informações do Inca