Conheça os fatores de risco para o câncer na bexiga, que afeta Paulo Zulu
O ator Paulo Zulu, 59, passou por uma nova cirurgia para a retirada de um câncer na bexiga. Em seu perfil no Instagram, o ex-modelo gravou um vídeo explicando que já havia passado por um procedimento semelhante para a remoção de outro tumor no mesmo órgão, dois anos atrás.
"Foi descoberto um sistema canceroso pequeno na minha bexiga. Já é o segundo. Há dois anos eu tirei outro", relata Zulu no vídeo.
Zulu contou que a segunda cirurgia aconteceu após um exame de prevenção, feito no início de fevereiro.
Não afeta nada a minha vida, porque eu sou super saudável, então, a recuperação é boa. Mas graças a eu ter feito essa revisão, através da prevenção, consegui detectar em tempo hábil de poder operar e ficar bem. Paulo Zulu
Quais são os fatores de risco?
As causas exatas do câncer de bexiga ainda são desconhecidas, mas os cientistas já identificaram fatores que aumentam o risco de ter a doença. O principal é o tabagismo.
Conheça mais fatores de risco para o câncer de bexiga:
- Genética e/ou herança familiar;
- Uso de determinados medicamentos (pioglitazona, fármaco indicado para diabéticos, por exemplo);
- Fitoterápicos como os da família da Aristolochia;
- Arsênio;
- Baixa ingestão de líquidos;
- Irritações (cálculos na bexiga) ou infecções do órgão crônicas (não tratadas);
- Histórico de tumor local;
- Exposição radioterápica na região pélvica;
- Alguns quimioterápicos.
Algumas profissões também têm maior risco de desenvolver a doença. As principais são aquelas que expõem os trabalhadores ao uso de componentes químicos —entre eles, as aminas aromáticas, como a anilina (benzenoamina ou fenilamina), bastante usada na área têxtil para tingimento.
Outros exemplos são aquelas que se dedicam à produção de borracha, couro, tinta e impressão, sapatos, móveis e até mesmo cabeleireiros (provavelmente pela alta exposição às tinturas de cabelo) e motoristas de caminhão, estes mais suscetíveis à fumaça do diesel.
De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, a união entre tabagismo e alguma dessas profissões potencializa o risco para a doença.
Como é feito o diagnóstico?
Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou dos exames para checagem da próstata. Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga.
A boa notícia é que o câncer de bexiga costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos (70%), é superficial e não se espalha. Ele causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.
Há ainda outros sintomas, além do sangue na urina:
- Aumento da frequência com que o indivíduo urina, tanto de dia quanto de noite;
- Necessidade de urinar com urgência;
- Dor/ queimação ao urinar;
- Num cenário de doença mais avançada, o paciente pode apresentar dor nas costas e emagrecimento.
*Com informações de reportagens publicadas em 05/05/2021 e em 20/09/2022.
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