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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Conheça os fatores de risco para o câncer na bexiga, que afeta Paulo Zulu

Paulo Zulu passou por nova cirurgia para retirar câncer na bexiga - Reprodução/Instagram
Paulo Zulu passou por nova cirurgia para retirar câncer na bexiga Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

21/03/2023 15h00

O ator Paulo Zulu, 59, passou por uma nova cirurgia para a retirada de um câncer na bexiga. Em seu perfil no Instagram, o ex-modelo gravou um vídeo explicando que já havia passado por um procedimento semelhante para a remoção de outro tumor no mesmo órgão, dois anos atrás.

"Foi descoberto um sistema canceroso pequeno na minha bexiga. Já é o segundo. Há dois anos eu tirei outro", relata Zulu no vídeo.

Zulu contou que a segunda cirurgia aconteceu após um exame de prevenção, feito no início de fevereiro.

Não afeta nada a minha vida, porque eu sou super saudável, então, a recuperação é boa. Mas graças a eu ter feito essa revisão, através da prevenção, consegui detectar em tempo hábil de poder operar e ficar bem. Paulo Zulu

Quais são os fatores de risco?

As causas exatas do câncer de bexiga ainda são desconhecidas, mas os cientistas já identificaram fatores que aumentam o risco de ter a doença. O principal é o tabagismo.

Conheça mais fatores de risco para o câncer de bexiga:

  • Genética e/ou herança familiar;
  • Uso de determinados medicamentos (pioglitazona, fármaco indicado para diabéticos, por exemplo);
  • Fitoterápicos como os da família da Aristolochia;
  • Arsênio;
  • Baixa ingestão de líquidos;
  • Irritações (cálculos na bexiga) ou infecções do órgão crônicas (não tratadas);
  • Histórico de tumor local;
  • Exposição radioterápica na região pélvica;
  • Alguns quimioterápicos.

Algumas profissões também têm maior risco de desenvolver a doença. As principais são aquelas que expõem os trabalhadores ao uso de componentes químicos —entre eles, as aminas aromáticas, como a anilina (benzenoamina ou fenilamina), bastante usada na área têxtil para tingimento.

Outros exemplos são aquelas que se dedicam à produção de borracha, couro, tinta e impressão, sapatos, móveis e até mesmo cabeleireiros (provavelmente pela alta exposição às tinturas de cabelo) e motoristas de caminhão, estes mais suscetíveis à fumaça do diesel.

De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, a união entre tabagismo e alguma dessas profissões potencializa o risco para a doença.

Como é feito o diagnóstico?

Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou dos exames para checagem da próstata. Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga.

A boa notícia é que o câncer de bexiga costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos (70%), é superficial e não se espalha. Ele causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.

Há ainda outros sintomas, além do sangue na urina:

  • Aumento da frequência com que o indivíduo urina, tanto de dia quanto de noite;
  • Necessidade de urinar com urgência;
  • Dor/ queimação ao urinar;
  • Num cenário de doença mais avançada, o paciente pode apresentar dor nas costas e emagrecimento.

*Com informações de reportagens publicadas em 05/05/2021 e em 20/09/2022.