Lula adia viagem por causa de 'pneumonia leve'; como funciona o tratamento?
Um quadro de pneumonia levou o presidente Lula a cancelar todas as suas agendas desta sexta-feira (24/03) e a adiar em ao menos um dia a sua viagem presidencial para a China, que estava prevista para este sábado. Ele passou por exames ontem (23/3) no hospital Sírio-Libanês em Brasília, mas já está em repouso no Palácio da Alvorada.
Não há informações sobre a origem da doença no caso do presidente, mas, no geral, o tratamento inclui medidas como inalações, lavagens do nariz, suporte de oxigênio, se necessário, e o uso de antibióticos —se a infecção tiver sido causada por bactérias.
De acordo com nota do Palácio do Planalto, o quadro de Lula é "leve".
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva está no Alvorada após exames no Hospital Sírio-Libanês ontem à noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China.
Entenda a doença
- Pneumonia é uma inflamação que afeta os pulmões. Na maioria das vezes, é causada por agentes infecciosos, como microrganismos (vírus, bactérias, fungos e vermes), embora também ocorra por agentes químicos (aspiração de substâncias) e físicos (radiação).
- Quais são os sintomas? Podem variar, mas geralmente são nariz entupido, coriza, tosse, febre, dificuldade para respirar ou respiração ofegante. O chiado no peito é uma das características mais comuns nas infecções de pneumonias por vírus.
- É grave? As pneumonias podem ser mais graves nos extremos de idade --em crianças com menos de seis meses de vida e nos idosos, a partir dos 70 anos. Apesar de o presidente Lula ter 77 anos, seu quadro, como foi dito no início da matéria, foi descrito pela nota do Palácio do Planalto como "leve".
- As pneumonias provocadas por bactérias são as mais perigosas. Elas costumam ter uma frequência maior de complicações, como febre elevada, derrames pleurais e necroses.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio do exame clínico, com auxílio dos exames radiológicos nos casos mais graves.
- O que mostra a radiografia de tórax? Neste exame, o pulmão saudável é cheio de ar e preto, mas quando o paciente está com pneumonia aparecem imagens brancas no exame.
- Casos mais graves demandam outro exame. A tomografia de tórax pode ser realizada quando há suspeita de alguma complicação e/ou o paciente não responde ao tratamento, que depende da causa e da condição clínica do indivíduo.
No geral, estas são as medidas adotadas durante o tratamento:
- Medidas de fluidificação das secreções;
- Inalações;
- Lavagens do nariz;
- Suporte de oxigênio e ventilação mecânica, quando necessárias;
- Existem poucos medicamentos usados para tratar as pneumonias virais. Nas bacterianas, são utilizados antibióticos.
Vacina protege contra a doença
A principal proteção para a pneumonia é a vacina contra a bactéria pneumococo:
- Pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10). Esta vacina contém 10 sorotipos da bactéria e está disponível nos postos de saúde desde 2010.
- Pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13). Já esta possui 13 sorotipos da bactéria e é encontrada na rede privada.
Além disso, vacinas contra outras doenças também ajudam a prevenir as pneumonias. Exemplos são as vacinas contra o sarampo e coqueluche, que reduzem o risco dessas doenças evoluírem para uma pneumonia. O mesmo vale para as vacinas contra o vírus influenza (gripe) e contra a bactéria Haemophilus influenzae tipo B, que causa principalmente meningite.
Apesar de as vacinas não atuarem contra todos os vírus e bactérias que podem causar a pneumonia, a imunização é fundamental para diminuir o risco de complicações. Vale lembrar que, segundo a OMS, a doença é a principal causa de morte em crianças de até cinco anos no mundo.
Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a VPC13, por exemplo, previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças. No caso da VPC10, a proteção é de 70%.
As vacinas que auxiliam na proteção contra a pneumonia começam a ser dadas a partir dos dois meses de idade, com duas ou três doses no primeiro ano de vida, a depender da vacina, e uma dose de reforço após o primeiro ano de idade.
*Com informações de reportagem especial publicada em 12/11/2021.
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