Tarcísio suspende agenda após crise renal; o que causa formação de pedras?
Uma crise renal levou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a interromper momentaneamente sua agenda de compromissos em Londres. Segundo a assessoria de imprensa do governo de SP, ele foi atendido e fará exames complementares nas próximas horas para definir o andamento dos próximos compromissos.
A dor renal é conhecida por causar uma sensação pior do que o parto natural. Em 80% dos casos, o problema é o resultado da formação de cristais de oxalato de cálcio, que surgem devido a algumas doenças, hábitos de vida e composição da urina.
Quais são os fatores de risco?
Na manhã desta segunda-feira (27), Tarcísio encontrou investidores e deu uma entrevista para o jornal Financial Times, ocasião em que, segundo o G1, o governador afirmou que, com alguma frequência, tem crises renais e que esta foi muito forte.
O histórico pessoal é um dos fatores de risco para a formação de pedras nos rins. Quem já teve um primeiro episódio tem 15% de chance de um novo evento no primeiro ano, e 50% em cinco anos.
"A maioria das pessoas tem duas ou três crises renais durante a vida e depois não tem mais, mas algumas pessoas podem ter um número maior de crises e isso tem muito a ver com fatores de risco para a formação dos cálculos", explica o nefrologista Rodrigo Dias de Meira, do Vera Cruz Hospital (SP).
Um dos fatores é a genética. Algumas pessoas, segundo Meira, secretam mais cálcio do que o normal, o que favorece a formação dos cálculos.
Outro é a desidratação. "Esse é um dos pontos que podem estar por trás do caso do Tarcísio. Imagino que, por ter uma agenda agitada, seja mais complicado ingerir a quantidade ideal de água", observa o médico.
O consumo de água é considerado fundamental para evitar crises renais. A quantidade ideal é a que permite urinar cerca de 2 litros ao dia. A urina deve ser bem clara e diluída, o que revela a boa hidratação. Se ela estiver mais concentrada e amarela é sinal de que é necessário aumentar o consumo de líquidos.
Como funciona o tratamento?
Tem que fazer a pedra sair. Dependendo do tamanho, elas podem ser removidas pela urina ou por cirurgia.
Cálculos de até cinco milímetros de diâmetro têm 85% de chance de serem eliminados espontaneamente na urina, e os de até oito milímetros, 50%. O importante é beber bastante água para ajudar a mover a pedra. E tomar medicação para dor, se necessário.
Quando as pedras são maiores ou quando o quadro se agrava para uma infecção urinária, pode ser necessária a cirurgia endoscópica, para quebrar as pedras.
*Com informações de reportagens publicadas em 27/07/2021 e 26/02/2019.
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