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Falta de libido tem cura? Conheça 6 causas principais e como melhorar

Veja o que pode causar falta de libido e como aumentar - Getty Images
Veja o que pode causar falta de libido e como aumentar Imagem: Getty Images

Samantha Cerquetani

Colaboração para VivaBem

29/03/2023 04h00

A diminuição do desejo sexual, que também é conhecida como falta de libido, pode ser uma situação temporária ou de longo prazo. Apesar de ser mais frequente em mulheres, os homens também são atingidos, e a situação costuma afetar bastante os relacionamentos.

De acordo com os especialistas consultados por VivaBem, as causas da diminuição da libido envolvem questões biológicas, psicológicas e sociais.

A vontade de fazer sexo varia de pessoa para pessoa e pode mudar durante algumas fases na vida. É comum que alguns indivíduos tenham desejo todos os dias, enquanto outros sintam vontade apenas algumas vezes ao ano.

No entanto, quando a falta de libido incomoda, é importante buscar ajuda de um especialista para averiguar de forma individual o que está acontecendo com cada organismo.

Principais causas de falta de libido e como melhorar

Questões hormonais

Tanto o homem quanto a mulher sentem desejo sexual por conta de dois hormônios: testosterona e estrogênio, respectivamente. Quando eles ficam desregulados, é comum que isso interfira na vontade de transar.

Com o processo de envelhecimento, a mulher entra no climatério e na menopausa. Neste momento, ocorrem oscilações de hormônios, principalmente o estrogênio, que afeta o desejo sexual espontâneo.

Já nos homens, há um declínio progressivo e lento na função hormonal a partir dos 40 anos. Com isso, acontece a queda da testosterona que diminui a libido e surge a disfunção erétil, quando há a dificuldade em manter a ereção.

Além disso, as mulheres costumam ter redução de libido após o parto, enquanto amamentam e também devido ao uso de alguns tipos de anticoncepcionais, já que estes são fatores que alteram os hormônios.

Medicamentos

Alguns medicamentos impactam no desejo sexual e também diminuem a excitação e a frequência dos orgasmos.

Dentre aqueles que afetam a libido, estão:

  • antidepressivos
  • psicotrópicos
  • remédios para hipertensão

Além disso, alguns medicamentos utilizados para o tratamento das doenças crônicas podem prejudicar a resposta sexual.

Doenças crônicas

Geralmente, pessoas com obesidade, diabetes, problemas cardíacos, hipotireoidismo e neurológicos também apresentam pouca libido. Isso ocorre porque essas doenças costumam afetar os hormônios sexuais, além de atrapalhar a qualidade de vida de forma geral.

Saúde mental

Um sintoma bastante frequente de quem tem depressão e ansiedade é a perda de libido. E, na maioria das vezes, os medicamentos indicados para tratar essas condições são os antidepressivos, que também diminuem o desejo sexual.

Problemas no relacionamento e estresse

Casal, sexo, libido - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

A ausência do desejo de transar também está relacionada com a qualidade do relacionamento amoroso. Para quem vive discutindo ou perdeu a confiança no parceiro, é bastante comum que a libido desapareça.

Quando a pessoa está com raiva ou magoada, o sexo geralmente fica em segundo plano.

Já o estresse do dia a dia também é o vilão da saúde sexual. O excesso de trabalho, preocupações com familiares e problemas financeiros impactam negativamente a libido.

Dependência de substâncias e cigarro

Tanto o álcool quanto o tabaco diminuem o desejo e a satisfação sexual. Essas substâncias, além de causar dependência, alteram o organismo como um todo.

No caso dos homens que fumam, por exemplo, é bastante comum que provoque disfunção sexual ao interferir na dilatação dos vasos sanguíneos.

Já o álcool até aumenta o prazer momentaneamente, porém em grandes quantidades prejudica a resposta do organismo ao estímulo sexual. As bebidas alcoólicas atuam no sistema nervoso central e podem dificultar a lubrificação vaginal, por exemplo.

Como aumentar a libido?

O primeiro passo para tratar a falta de libido é reconhecer os motivos que levaram à piora da vida sexual. Inicialmente, a recomendação é realizar uma avaliação médica e exames de rotina.

Após a identificação dos fatores que causam o baixo desejo sexual, alguns tratamentos e mudanças na rotina são indicados. Entre eles estão:

  • Medicação

É importante destacar que não existem medicamentos eficazes a ponto de resolver o problema totalmente.

Para mulheres, a reposição hormonal pode ser indicada para controlar alguns sintomas da menopausa, como diminuição da libido e secura vaginal.

Em homens, é importante evitar medicamentos que reduzem a testosterona livre.

  • Terapia comportamental/sexual

A terapia comportamental é uma forma de lidar melhor com os fatores emocionais que estão envolvidos na falta de libido. Muitas vezes a pessoa sofre traumas, como violência sexual, e não associa o sexo a situações positivas.

Seja individual ou em grupo, conversar com um profissional de saúde melhora a autoestima, o relacionamento e a qualidade de vida, já que são usadas técnicas e estratégias específicas para cada caso.

  • Alimentação

Não existe alimento "milagroso" que aumente a libido. Porém, uma alimentação saudável e equilibrada contribui com o funcionamento da produção de hormônios sexuais e evita doenças crônicas.

Vale a pena investir em gorduras "boas", proteína de qualidade, variar nas frutas e legumes para ter mais energia. Por outro lado, a recomendação é evitar alimentos gordurosos, ultraprocessados, frituras e açúcar em excesso.

  • Abandonar o sedentarismo

Não realizar exercícios regulares prejudica o organismo e aumentam os riscos de problemas de saúde, obesidade e também afeta indiretamente a libido, já que está ligada a desequilíbrios hormonais.

A recomendação da OMS é praticar atividade física com intensidade moderada por cerca de 150 minutos por semana.

Fontes: Lilian Fiorelli, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Ricardo Freire, coordenador da equipe de ginecologia do Hospital São Camilo Ipiranga (SP); Fernanda Fraga, ginecologista e professora da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); e Vitor Estenio Alves Cordeiro, ginecologista da AmorSaúde de Cabo de Santo Agostinho de Olinda (PE).