Sintomas de gravidez: veja 12 primeiros sinais e quando testar
Receber a notícia de gravidez, geralmente, é impactante para a mulher. Antes da confirmação com exames de sangue ou testes de farmácia, em alguns casos o corpo feminino já dá alguns sinais logo nos primeiros dias ou semanas após a implantação do embrião no útero.
Na maioria das vezes, a primeira suspeita da gravidez é o atraso menstrual. Porém é comum que os sintomas iniciais sejam confundidos com o período pré-menstrual.
Vale lembrar que nem todas as gestantes vão apresentar os sintomas característicos de uma gestação inicial.
Primeiros sintomas da gravidez: veja os 12 principais
1. Nidação
Quando ocorre a implantação embrionária no útero pode surgir uma pequena secreção vaginal. É como se fosse um corrimento de coloração amarronzada ou rosa, um pouco espesso e sem cheiro, que dura até três dias.
Esse processo, conhecido como nidação, acontece perto do 7º dia após a ovulação, quando o óvulo maduro é liberado pelo ovário. Lembrando que esse sintoma nem sempre acontece com todas as gestantes e a secreção pode ser imperceptível.
2. Atraso menstrual
Geralmente, a menstruação é considerada atrasada quando ultrapassa uma semana da data esperada. Isso porque os ciclos menstruais costumam ser alterados por conta de questões hormonais, emocionais e também por causa de problemas de saúde.
Vale lembrar que um ciclo considerado normal dura cerca de 28 dias, mas pode acontecer em intervalos de 21 a 35 dias.
3. Cólicas ou dor abdominal
Algumas mulheres apresentam cólicas ou dores abdominais quando acontece a implantação do embrião na parede do útero. Geralmente, isso ocorre alguns dias após a ovulação. Mas costuma ser um sintoma bastante leve.
Além disso, o crescimento do útero ocasiona cólicas de fraca intensidade. Caso sejam intensas ou associadas a outros sintomas, como sangramentos, é fundamental procurar por atendimento em um serviço de saúde.
4. Sensibilidade e mudanças nas mamas
É comum que elas sintam os seios mais pesados e doloridos.
Com o passar das semanas, há o aumento gradativo no tamanho, escurecimento da aréola bem como o engrossamento da pele dessa região. Essas mudanças acontecem porque os hormônios estimulam o desenvolvimento das glândulas mamárias, já que o corpo feminino está sendo preparado para a amamentação.
5. Náuseas e vômitos
Frequentes no primeiro trimestre da gestação, os vômitos e as náuseas surgem devido às alterações hormonais que acontecem no corpo da futura mãe. O aumento de hormônios, como o HCG, o estrogênio e a progesterona, afeta o sistema digestivo. Em alguns casos, o olfato e o paladar ficam mais sensíveis, o que piora os sintomas desagradáveis.
Os enjoos matinais, começam na 5º semana de gestação e duram até a 14º semana aproximadamente. Há casos de mulheres que sentem estes desconfortos durante toda a gestação e devem ser acompanhadas por um obstetra para evitar desidratação e perda de peso.
6. Constipação
É comum que as mulheres grávidas sintam dificuldade para ir ao banheiro desde o início da gestação. Alterações hormonais provocam esse problema em mulheres em gestação.
Sendo assim, é importante manter uma dieta equilibrada e rica em fibras, além de aumentar a ingestão de água para melhorar o funcionamento do intestino.
7. Cansaço e sono excessivo
As alterações hormonais também são responsáveis pelo sono frequente e cansaço das gestantes. É importante ressaltar que durante esta fase o corpo da mulher está se esforçando mais para sustentar a gravidez, o que aumenta a energia e acarreta maior cansaço.
Muitas vezes, as mudanças físicas e emocionais também causam alterações no padrão do sono. É comum que as gestantes sintam insônia ou dificuldade para dormir, por exemplo.
8. Oscilações de humor
Sentir vontade de chorar com mais frequência, irritabilidade, tristeza, ansiedade e sobrecarga emocional são sentimentos comuns em gestantes. Mais uma vez, o excesso de hormônios responsáveis pela gestação entram em cena e provocam oscilações de humor.
9. Aumento da vontade de urinar
Embora menos frequente no início da gestação, algumas mulheres sentem mais vontade de fazer xixi. Isso ocorre porque os hormônios reduzem a capacidade da bexiga de se esvaziar completamente, já que o órgão fica mais relaxado.
Já com o avanço da gestação, os órgãos pélvicos necessitam se adaptar ao crescimento do útero —é o caso da bexiga, os tendões e o ligamento que o sustentam na cavidade abdominal. Por conta disso, a bexiga é comprimida regularmente, o que limita a sua capacidade de reter mais urina.
10. Desejos por comida
Os hormônios e algumas necessidades nutricionais provocam esse desejo. De forma geral, o organismo passa por mudanças significativas e necessita de mais nutrientes para garantir o desenvolvimento do feto. E a presença dos hormônios contribui com o aumento do apetite.
11. Mudanças na pele
É comum também que as gestantes percebam que a pele está mais oleosa do que o normal. Nos primeiros meses, aparecem mais acnes, principalmente em mulheres que já tinham a condição.
As alterações hormonais estimulam a produção de sebo na pele. Por isso, ocorre a obstrução dos poros que levam ao surgimento de acne.
12. Tonturas
No início da gravidez, é comum que algumas mulheres sintam tontura, principalmente no período da manhã. Geralmente o sintoma acompanha outros desconfortos, como náuseas. Os hormônios também alteram a pressão arterial da gestante, o que causa as tonturas.
Como saber se estou grávida?
A recomendação é esperar que o atraso menstrual aconteça antes de fazer o teste.
Atualmente, é possível fazer o teste de farmácia em casa e também um exame conhecido como Beta HCG, que aponta os hormônios presentes no organismo da gestante.
O exame de Beta HCG pode ser realizado antes mesmo do atraso menstrual. No entanto, a recomendação é que seja feito após o primeiro dia de atraso. O ideal mesmo é esperar por cerca de uma semana, quando o hormônio encontra-se em maior quantidade no organismo.
Vale ainda destacar que, no início da gestação, os valores do hormônio Beta HCG são mais baixos e, em alguns casos, os testes caseiros de urina não detectam a gravidez.
Fontes: Edyane Gomes, ginecologista do HC-UFMA (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão); Fernanda Fukuya, ginecologista do Hospital São Camilo (SP); e Mauro Sancovski, ginecologista e professor da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC).
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