Dentro ou fora da geladeira? Lava a casca? Erros ao guardar e preparar ovos

Ovos são considerados ótimas alternativas em dietas balanceadas por terem proteína, minerais e vitaminas, além de serem alimentos versáteis: podem ser ingeridos de várias formas e integrar preparos diversos.

No entanto, seu armazenamento e consumo são delicados e é comum cometer erros —que, mesmo sendo pequenos, podem facilitar a contaminação por micro-organismos e causar danos à saúde de quem consumi-los.

Veja abaixo erros que as pessoas mais cometem ao armazenar e comer ovos:

1. Deixar fora da geladeira

Após comprar os ovos, é importante guardá-los da melhor maneira. Deixar fora da geladeira não é recomendado, a menos que o consumo seja rápido —no mesmo dia, por exemplo.

Isso porque a temperatura externa, sobretudo em um país tropical como o Brasil, pode diminuir o "tempo de vida" do alimento. Oscilações de temperatura fora da geladeira fazem com que o controle de qualidade do ovo fique menor e ele pode estragar com facilidade.

2. Guardar na porta da geladeira

Mesmo guardando na geladeira, também tem como errar. Deixá-los na porta do eletrodoméstico, por exemplo, não é o ideal, já que abrir e fechá-la com frequência também traz mudanças de temperatura.

O recomendável é colocar no meio da geladeira, por ser um local de refrigeração com temperatura mais estável.

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3. Lavar a casca

Um erro comum é lavar os ovos antes de guardá-los. Segundo especialistas ouvidos por VivaBem, quem quiser pode lavá-los apenas no momento do consumo. Isso porque a casca é uma proteção contra a entrada de bactérias e demais micro-organismos e lavá-la com antecedência pode enfraquecer essa barreira.

Quando a porosidade da casca entra em contato com água e esponja, ela pode ser danificada, e isso favorece a passagem de contaminantes, como bactérias e fungos. Eles passam para a parte comestível do alimento e causam prejuízos.

Caso isso aconteça, podem impactar no processo de apodrecimento precoce dos alimentos e na intoxicação dos consumidores, alerta.

A orientação é só uma higienização básica ao armazenar, passando papel toalha caso ele apresente sujeiras.

4. Guardar na embalagem original

Também é recomendado retirar os ovos da embalagem original e guardá-los em um recipiente limpo. A medida é mais uma forma de prevenir o risco de contaminação, sobretudo por micro-organismos, já que as caixas são manipuladas por muitas pessoas.

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5. Consumir ovo ainda cru

Ainda é importante se atentar ao cozimento dos ovos, principalmente se você prefere a gema mole. A recomendação é cozinhar completamente o alimento, para evitar o risco de contaminação, inclusive salmonela.

Gema ou qualquer outra parte do ovo cozida tem menor probabilidade de ter algum patógeno que vai entrar no organismo. Não é que algum componente em si do próprio ovo vá fazer mal, mas sim os micro-organismos que podem estar nele e que podem continuar ali se não cozinhar em tempo e temperatura adequados.

É sempre preciso preparar os alimentos de acordo com as normas microbiológicas indicadas. Em determinadas temperaturas, certos micro-organismos não vão estar ativos. O ideal para se ter um alimento mais seguro é fazer o cozimento até atingir o ponto de cocção.

No caso da salmonela, por exemplo, a contaminação pode ser primária, quando acontece diretamente dos órgãos da ave, ou secundária, via entrada de micro-organismos pela casca do alimento. Os principais sintomas associados ao quadro são gastrointestinais, como vômitos, e febre.

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Atenção ao comprar

Ao comprar os ovos, algumas dicas ajudam a escolher produtos de melhor qualidade e segurança. Primeiro, é preciso ter atenção às embalagens, que devem indicar modos de consumo e conservação, validade e os riscos relacionados à presença de salmonela.

Depois, avalie a integridade total da casca, e não apenas se os ovos estão ou não quebrados. Afinal, qualquer alteração pode permitir a entrada de bactérias. É importante que a casca tenha o aspecto poroso preservado, sem estar lisa, o que pode fazê-los apodrecer mais rápido.

Fontes: Liana Braga, nutricionista; Aline Stripp, doutora da microbiologista pela UEL (Universidade Estadual de Londrina); nutricionista Jamile Tahim, mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).

*Com reportagem de março de 2023

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