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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Imagem de tórax cheio de larvas viraliza; o que é cisticercose disseminada?

Caso de cisticercose disseminada compartilhada por médico viralizou no Twitter - Reprodução/Twitter
Caso de cisticercose disseminada compartilhada por médico viralizou no Twitter Imagem: Reprodução/Twitter

Do VivaBem, em São Paulo

18/04/2023 13h27

A imagem de um tórax infestado de larvas viralizou no Twitter, no domingo (16). A radiografia, publicada pelo médico generalista Vitor Borin de Souza, mostra um caso de cisticercose disseminada, que é quando os cisticercos, larvas do verme Taenia solium (popularmente conhecida como solitária), se espalham pelo corpo.

O indivíduo pode adquirir cisticercose a partir da ingestão de ovos de T. solium, presentes em água e alimentos contaminados com fezes humanas infectadas, sobretudo verduras cruas, ou por autoinfecção, por meio das mãos e roupas contaminadas com as próprias fezes. Leonardo Weissmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas (SP)

O registro assusta. No caso em questão, porém, os parasitas estão mortos (e calcificados), e não há necessidade de intervenção, explica Weissmann.

Na cisticercose disseminada, os cisticercos conseguem atingir o corpo inteiro. Eles chegam em especial aos músculos, aos olhos e ao cérebro (o último caso, chamado de neurocisticercose, é uma complicação grave da doença).

Segundo Weissmann, a cisticercose disseminada acomete sobretudo pessoas imunossuprimidas —aquelas com sistema imune frágil.

Sintomas

Os sintomas dependem do avanço dos cisticercos. Mas em pessoas com o quadro disseminado da doença, os principais sinais são:

  • Convulsões;
  • Demência;
  • Aumento dos músculos e caroços na pele que podem ficar sensíveis.

A tosse persistente, queixa da pessoa que viralizou no Twitter, não tem relação direta com a doença. "Foi um achado, sem relação com o caso em questão", afirma Leonardo Weissmann, também professor da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) - Campus Guarujá e diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Como tratar?

O tratamento é com medicamentos antiparasitários, para reduzir o número de parasitas no hospedeiro.

A infestação é capaz de desencadear um processo inflamatório intenso no paciente. Então, medicações corticosteroides ajudam a reduzir essa resposta.

No caso em questão [que viralizou no Twitter], não há indicação de tratamento, porque se visualizam somente lesões calcificadas. Nelas, os parasitas estão mortos e não há recomendação para a terapia antiparasitária. Leonardo Weissmann

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do informado na primeira versão do texto, a Taenia solium é popularmente conhecida como solitária, e não como lombriga. O texto foi atualizado.