Como deve ser o tratamento psicológico de uma criança com câncer?
Diante do diagnóstico de câncer infantil, o psicólogo terá a função de ajudar o paciente a expressar suas emoções, seus medos e suas angústias. Essa é uma forma de amenizar os efeitos traumáticos que essa experiência pode proporcionar.
Atividades lúdicas propostas pelo profissional podem contribuir durante o processo de recuperação e adaptação da criança. Brincadeiras e jogos variados podem ser divertidos e promover algumas risadas, o que melhora a oxigenação do corpo, induz ao relaxamento e contribui com a autoestima da criança e de seus pais.
Muitas vezes os psicólogos também utilizam objetos hospitalares para aproximar o paciente daquilo que é considerado como ameaçador. Então, o uso de seringas sem agulhas, estetoscópio, entre outros, podem fazer parte do tratamento psicológico.
Portanto, o atendimento psicológico qualificado pode contribuir para a melhoria tanto das questões relacionadas à aceitação da doença e adesão ao tratamento, quanto na melhor compreensão do paciente e de seus familiares acerca dos procedimentos e cuidados necessários. Proporcionando, assim, melhor qualidade de vida aos envolvidos.
E é claro que os familiares das crianças com câncer também precisam passar por um acompanhamento psicológico. Esse suporte é essencial para ajudar as famílias a lidarem com o choque do diagnóstico e as demandas subsequentes do tratamento até seu término.
No dia a dia, também dá para seguir algumas dicas que contribuem no tratamento psicológico da criança com câncer:
Sempre que possível, estabeleça algum tipo de atividade que possa atrair a atenção do pequeno;
Use do recurso de vídeochamadas para tentar amenizar a restrição de contatos com familiares e amigos;
Se a criança já estiver na escola, é importante que esse ambiente seja mais acolhedor e de menos cobrança;
Mantenha uma alimentação e uma rotina de vida saudáveis.
Vale saber que nem sempre a terapia é suficiente para enfrentar esse momento tão difícil na vida de uma família, podendo ser necessário também um suporte psiquiátrico, com uso de medicamentos para melhorar sono, apetite, humor e energia. Não deixe jamais de buscar ajuda tanto para os familiares quanto para a criança.
Fontes: Harrys Andrade, psicóloga clínica e hospitalar do Hias (Hospital Infantil Albert Sabin), no Ceará, Luciana de Souza Lima, psicóloga titular do Hospital AC Camargo, em São Paulo, Ubiratan Pereira de Oliveira, psicólogo da unidade de oncologia pediátrica do HUAC/UFCG (Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande), vinculado a Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Vicente Gomes, psiquiatra, diretor técnico da clínica Melhor Viver, em Teresina e coordenador do curso de pós-graduação em psiquiatria do Instituto GPI, no Piauí.
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