Médico de pele: qual especialista é melhor consultar em caso de problema?
A pele é o maior órgão do corpo e existe uma especialidade médica que estuda apenas para cuidar de sua saúde, a dermatologia.
Acne, machucados que não cicatrizam, manchas e muitas outras queixas são a área de atuação desse profissional, que também cuida da saúde dos cabelos, unhas e mucosas. Saiba mais sobre os "médicos de pele":
O que estuda o médico de pele?
Atualmente, a dermatologia é bastante lembrada quando pensamos em questões estéticas, sendo o médico que é buscado para tratamentos como preenchimentos, peelings, toxina botulínica, entre outros.
No entanto, o dermatologista estuda muito mais questões do que essa, sendo especializado na prevenção de doenças de pele e no cuidado de questões como o câncer de pele, procedimentos cirúrgicos e muito mais.
Tanto que existem várias subespecialidades, como:
- Clínica e preventiva: abrange o diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e problemas da pele e seus anexos;
- Pediátrica: trata questões de pele em crianças, dos recém-nascidos aos adolescentes;
- Cirúrgica: em que o médico se especializa em procedimentos cirúrgicos para tratar condições da pele, como a remoção de tumores;
- Oncológica: cuida do diagnóstico, tratamento e prevenção deste tipo de câncer, que é o mais comum no Brasil;
- Cosmética: abrange procedimentos para melhorar a aparência da pele, cabelos e unhas, ou seja, o que está relacionado à estética;
- Ocupacional: observa e trata condições da pele relacionadas ao trabalho, como dermatite de contato e lesões por radiação;
- Tricologia: engloba doenças do cabelo e couro cabeludo.
- Onicologia: realiza diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico das doenças que acometem as unhas;
- Dermatopatologia: realiza as análises microscópicas de amostras de pele para o diagnóstico preciso de doenças.
Quando devo ir ao dermatologista?
Normalmente, o dermatologista costuma ser procurado quando há queixas estéticas ou por pessoas que buscam prevenir o envelhecimento.
No entanto, seria importante ir ao dermatologista ao menos uma vez por ano para fazer a avaliação periódica de pintas e manchas no corpo.
Pessoas que fazem tratamentos de pele para questões como acne, rosácea, dermatites, manchas, entre outras, terão periodicidade maior para visitar o especialista, conforme sua orientação. O mesmo vale para tratamentos cosméticos, que também possuem intervalos próprios entre consultas.
Como é a consulta dermatológica?
Normalmente, o paciente costuma chegar ao dermatologista já com uma queixa e primeiro o médico escuta qual é esse problema e conversa com o paciente sobre ele. O paciente também será questionado sobre seu histórico familiar de doenças de pele, como é sua rotina de cuidados e outros hábitos ligados à saúde da pele. Depois disso, é feita uma avaliação completa da pele, unhas e cabelos.
Essa avaliação pode ser feita tanto a olho nu, observando cada mancha e pinta na pele da pessoa, quanto com o auxílio de um dermatoscópio, um aparelho com uma lente de aumento, usado para avaliar melhor esses sinais e entender se são benignos ou malignos.
Se há lesão suspeita, o dermatologista pode até retirar um pedacinho dela para análise, procedimento chamado de biópsia. Pacientes com queixas capilares podem também passar pela tricoscopia, exame semelhante à dermatoscopia, mas que analisa o couro cabeludo.
Uma vez que isso é feito, é hora de conversar sobre as possibilidades de tratamento para aquela queixa: se for algo estético, quais produtos podem ser usados de forma constante. Se for algo patológico, que medicamentos e tratamentos podem ser indicados ou se há algum procedimento em consultório para ser feito.
Além disso, o dermatologista pode pedir exames complementares, como exames laboratoriais para avaliar condições gerais do organismo como hormônios, vitaminas, minerais e até mesmo presença de infecções. Hoje mais médicos têm pedido exames de ultrassonografia para ajudar no diagnóstico das doenças dermatológicas.
Com tudo isso, muitas vezes questões de pele que o paciente nem sequer imaginava podem ser detectadas, como lesões pré-cancerígenas, psoríase e até doenças autoimunes, como o lúpus. Nesses casos, o dermatologista pode acabar encaminhando seu paciente para um reumatologista (no caso de doenças autoimunes) ou para o cirurgião plástico, se for necessário remover lesões maiores.
O alergologista também é um aliado quando o paciente apresenta coceiras e vermelhidão que parecem ser uma resposta alérgica do organismo.
Fontes: Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e da AAD (Academia Americana de Dermatologia); Cintia Guedes, dermatologista, membro titular da SBD; Fayruss Costa, dermatologista, especialista em laser pelo Massachussets General Hospital e Harvard Medical School (EUA) e sócia da PELE face (Maceió); e Renato Soriani, dermatologista, membro titular da SBD, mestre em Dermatologia pela USP e CEO da Renascence Dermatologia (Ribeirão Preto/SP).
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