'Parecia uma espinha': os sinais do câncer de pele que confundiu Kardashian
Khloé Kardashian mostrou pela primeira vez o corte em sua bochecha após retirada de um melanoma, considerado o tipo mais agressivo de câncer de pele. No ano passado, a empresária foi submetida a uma cirurgia de emergência devido a um tumor que, no início, ela pensou ser tão pequeno quanto uma espinha.
Em teaser da terceira temporada de The Kardashians (Hulu), divulgado na última terça-feira (28), Khloé aparece em uma foto com uma régua ao lado do rosto, indicando que a incisão em sua bochecha esquerda foi de 4 cm. "Foi muito mais sério do que eu esperava", diz ela no vídeo.
A empresária alertou que, embora sua cirurgia tenha sido um sucesso, "o melanoma é mortal".
O melanoma é um tipo de câncer de pele que pode ser perigoso porque, ao contrário do câncer de pele não melanoma, ele tem potencial de metástase (quando células cancerígenas se espalham para outros órgãos) se não for detectado precocemente.
No Brasil, estima-se 8.450 novos diagnósticos da doença por ano, o que representa cerca de 3% dos cânceres de pele. Apesar de ser considerado de baixa incidência, o tumor requer atenção redobrada.
Quando diagnosticado em estágio inicial, ele apresenta chances maiores de sucesso no tratamento. Por isso, saber como identificar seus possíveis sinais —e como se proteger da doença — é essencial.
'Tão pequeno quanto uma espinha'
Khloé procurou ajuda médica depois de perceber que uma pequena protuberância em seu rosto não desaparecia.
Depois de notar um pequeno caroço no meu rosto e presumir que fosse algo tão pequeno quanto uma espinha, decidi fazer uma biópsia 7 meses depois de perceber que não estava se movendo. Khloé Kardashian, em um post em seu perfil no Instagram, em outubro do ano passado.
A empresária foi diagnosticada com um tumor pré-cancerígeno. Aos 19 anos, ela já tinha passado por uma cirurgia para retirar um melanoma, só que nas costas.
Mas o que é o melanoma? Os melanomas são tumores malignos que surgem a partir dos melanócitos, células que são responsáveis por dar o pigmento e coloração da pele (melanina).
Tanto o câncer de pele melanoma quanto o não-melanoma estão relacionados à alta exposição dos raios solares, mas histórico familiar da doença e tratamento com medicamentos imunossupressores também podem aumentar o risco de desenvolver o problema.
No caso do melanoma, os casos geralmente se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo.
Um jeito de identificar se uma pinta ou mancha pode representar algum perigo é utilizar a escala do ABCDE:
- A de assimetria (se dividir a pinta em quatro partes, elas não são iguais: quanto mais assimétrica for uma mancha ou pinta, maior o risco de ser um câncer)
- B de bordas irregulares também são sinais de perigo
- C de cores (pintas com mais de uma cor e com tons pretos podem ser melanoma)
- D de diâmetro (lesões com mais de 5 milímetros merecem mais atenção)
- E de evolução (mudança no padrão de cor, crescimento, coceira e sangramento devem ser investigadas)
Qualquer sinal acastanhado ou preto que muda de cor, formato ou de tamanho, que provoque coceira e/ou esteja sangrando deve ser avaliado por um dermatologista.
Os melanomas são mais comuns no dorso dos homens e nas pernas das mulheres. Pacientes negros e asiáticos têm uma localização mais comum nos pés e nas mãos, casos conhecidos como "melanoma acral".
Sinais do câncer não-melanoma são diferentes
O câncer de pele não-melanoma é o tumor maligno mais incidente no Brasil e representará 31,3% dos casos de câncer entre 2023 e 2025, de acordo com estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
Ele pode ser classificado em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular;
O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento, e que costuma se manifestar pelo aparecimento de uma lesão em forma de nódulo rosa na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo;
Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização mesmo quatro semanas após o aparecimento.
Sinais das lesões pré-câncer
Algumas lesões são consideradas pré-câncer, ou seja, são condições causadas pela exposição excessiva ao sol com potencial para se transformar na doença.
Um dos exemplos é a chamada queratose solar, que em geral se manifesta como pontos irregulares nas cores rosa, vermelho ou bege.
Como prevenir o câncer de pele?
A principal forma de evitar qualquer tipo de câncer de pele é evitar a exposição solar excessiva. Isso vale para todas as peles, incluindo as mais escuras; mas é especialmente importante para pessoas de pele clara, que têm mais risco de desenvolver a doença.
Confira abaixo algumas dicas para reduzir os riscos:
Se for se expor ao sol, faça uso de barreiras físicas como chapéus, camisetas e óculos escuros para reforçar a proteção;
Use filtro solar não só na praia e na piscina como também no dia a dia;
Evite a exposição solar entre 10h e 16h, quando os raios UV (ultravioleta) estão mais fortes;
Na praia ou na piscina, fique embaixo de barracas ou guarda-sóis de algodão ou lona (as de nylon não protegem contra os raios UV). No entanto, lembre-se que eles absorvem apenas 50% da radiação ultravioleta. Por isso, é preciso reforçar a proteção com roupas e protetor solar.
Consulte um dermatologista ao menos uma vez ao ano para fazer um exame completo da pele;
Tenha o hábito de observar a própria pele e fazer o autoexame em busca de pintas ou manchas suspeitas;
Quem já teve câncer de pele, como é o caso de Khloé Kardashian, tem probabilidade alta de apresentar novas lesões, por isso os cuidados devem ser tomados pelo resto da vida.
*Com informações de reportagens publicadas em 18/09/2018, 13/12/2022 e 09/01/2023.
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