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Sintomas da covid-19: veja o que mudou com a nova variante arcturus

Variante provoca irritação nos olhos, como conjuntivite, tosse seca e febre - iStock
Variante provoca irritação nos olhos, como conjuntivite, tosse seca e febre Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

02/05/2023 14h57

A nova variante do coronavírus, a XBB.1.16, também conhecida como arcturus, já está circulando no Brasil. O primeiro caso foi confirmado pela prefeitura da cidade de São Paulo nesta segunda-feira (1), mas até o momento, segundo a pasta, não houve gravidade ou aumento no número de casos na capital.

A arcturus é uma sublinhagem da variante XBB, que, por sua vez, é uma "descendente" da ômicron. Mas a XBB.1.16 tem uma característica que a difere das anteriores: um dos sintomas apresentados é a irritação nos olhos, como a conjuntivite (principalmente em crianças), acompanhada de febre alta e tosse.

A constatação foi feita pelo Comitê Indiano de Imunizações Pediátricas, que observou um aumento de casos de covid-19 entre crianças que também apresentavam conjuntivite. No entanto, ainda não há dados concretos que confirmem essa associação.

Na Índia, onde foi identificada pela primeira vez e se dissemina desde o início do ano, a arcturus causou uma onda de novas infecções e já se tornou a cepa dominante.

Principais sintomas da nova variante

Irritação nos olhos, como a conjuntivite (principalmente em crianças)

Febre alta

Tosse

Estudo na Índia mostrou predominância de conjuntivite entre crianças

Em um estudo em versão preprint (ainda não revisado), a conjuntivite estava presente em 42,8% das crianças com covid-19.

O levantamento do Comitê Indiano de Imunizações Pediátricas foi feito com 25 crianças, entre 4 a 16 de abril deste ano. Estes foram os principais resultados:

A duração total da infecção é de um a três dias;

Bebês pequenos são desproporcionalmente mais afetados do que crianças mais velhas (o bebê mais novo era um recém-nascido de 13 dias);

Os cinco lactentes (bebês em amamentação) com menos de um ano tiveram uma taxa de positividade significativamente maior do que as crianças mais velhas (40,38% versus 10,5%);

Um achado surpreendente, não observado nas ondas anteriores, foi a presença de conjuntivite não purulenta em 42,8% dos lactentes;

Nenhum caso positivo precisou de internação;

Todos se recuperaram após tratamento dos sintomas.

Saiba mais sobre a arcturus

A nova variante carrega várias alterações no seu código genético, o que aparentemente aumenta a sua capacidade de se espalhar e de escapar da imunidade adquirida (pela vacina ou por já ter contraído a covid).

Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de casos confirmados da variante também vem aumentando. Na semana entre os dias 17 e 21 de abril, a XBB.1.16 foi responsável por cerca de 10% dos casos de covid-19, acima dos 6% registrados na semana anterior.

De acordo com dados da OMS, atualmente existem apenas cerca de 800 sequenciamentos da XBB.1.16 no mundo —basicamente todos feitos na Índia, onde a variante já se tornou predominante e substituiu as outras variantes que estavam em circulação.

Quem é o paciente que teve o primeiro caso da variante no Brasil? É um homem de 75 anos, acamado e com comorbidades, que apresentou os sintomas de síndrome gripal e febre no dia 7 de abril. Ele foi encaminhado para atendimento em um hospital privado da capital e teve alta médica na quinta-feira (27).

O homem possui o esquema vacinal completo contra a covid-19, inclusive com a dose da Pfizer bivalente.

Importância da vacinação

No dia 24 de abril, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a covid-19 para toda a população acima de 18 anos. A recomendação tem o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país.

A orientação de se imunizar com a vacina bivalente vale para quem já recebeu pelo menos duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca, Pfizer ou Janssen) como esquema primário ou como dose de reforço, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose.

Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso, também pode procurar as unidades de saúde.

*Com informações de matéria da Agência Einstein publicada em 01/05/2022.