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Remédio, exercício, dieta: estudo analisa o que realmente ajuda a emagrecer

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Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

07/05/2023 14h38

Remédios, dietas, exercício físico?O que realmente pode ajudar na perda de peso? Foi o que um grupo de pesquisadores resolveu estudar.

O resultado, publicado no Journal of the American Heart Association, no início de abril, mostrou que uma dieta mais saudável e o aumento do exercício ajudam na perda de peso, além de reduzir o risco de doenças cardíacas.

Por outro lado, pular refeições e tomar pílulas dietéticas resultam em uma perda mínima de peso.

Como o estudo foi feito

Os dados utilizados foram de 20.305 adultos norte-americanos com 19 anos ou mais (idade média de 47 anos) que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) entre 2007 e 2016.

Eles relataram seu status de: tabagismo, atividade física, média de horas de sono por noite, histórico de peso e estratégia de perda de peso, além da alimentação nas 24 horas anteriores.

Exames de saúde e exames laboratoriais mediram índice de massa corporal, pressão arterial, colesterol LDL (ruim) e glicemia.

Os pesquisadores usaram como comparação/pontuação as métricas do "Life's Essential 8", uma lista de verificação que promove a redução do risco de doenças cardíacas por meio de alguns dados (peso corporal, pressão arterial, colesterol, sangue açúcar, tabagismo, atividade física, alimentação e sono).

Vimos que as pessoas ainda estão seguindo para abordagens não baseadas em evidências para perda de peso, que não são sustentáveis. O que é sustentável é mudar comportamentos e padrões alimentares. Colleen Spees, autora principal do estudo

Principais resultados

Dentro da amostra, 17.465 indivíduos perderam menos de 5% do peso corporal, mantiveram o peso ou ganharam peso no último ano.

Os outros 2.840 relataram perda intencional de pelo menos 5% do peso corporal no mesmo período.

Adultos com perda de peso clinicamente significativa relataram maior qualidade da dieta, particularmente com melhores pontuações na ingestão de proteínas, grãos refinados e açúcar adicionado.

O mesmo grupo apresentou atividade física mais moderada e vigorosa e índice de colesterol LDL menor do que os adultos que não tiveram perda significativa de peso.

Por outro lado, o grupo de perda de peso apresentou uma média mais alta de IMC e medição de açúcar no sangue HbA1c e menos horas de sono.

Uma proporção maior de pessoas que não perderam pelo menos 5% de seu peso relatou pular refeições ou usar pílulas dietéticas prescritas como estratégias de perda de peso.

Embora houvesse diferenças significativas em vários parâmetros entre os grupos, o fato é que, como um todo, os adultos neste país (EUA) não estão adotando os 8 comportamentos essenciais da vida que estão diretamente correlacionados com a saúde do coração. Colleen Spees, autora principal do estudo