Fazer cocô várias vezes por dia faz emagrecer?
Não. Ao subir na balança depois de ir a banheiro diversas vezes, você pode até perceber que está um pouco mais leve, mas isso se deve principalmente à perda de líquido (75% das fezes são compostas de água) e do próprio cocô, que geralmente pesa de 100 g a 300 g —esse valor pode variar bastante conforme frequência da evacuação, alimentação etc.
Portanto, a redução de peso não significa que você diminui gordura corporal e, de fato, emagreceu. Logo que comer algo e beber água, o peso voltará.
É importante saber que o uso de laxativos por conta própria, de forma abusiva e com objetivo de aumentar as idas ao banheiro para perder peso, está associado a riscos à saúde, gerando problemas como fadiga, desidratação e desnutrição, que pode gerar graves consequências devido a falta de substâncias importantes para o bom funcionamento do organismo.
Em geral, considera-se saudável evacuar entre três vezes por dia a três vezes por semana.
As fezes normais têm forma alongada, consistência macia, e não deve haver dor ou dificuldade para evacuar.
Embora seja aceito esse número geral de até três evacuações ao dia, algumas pessoas podem ir mais vezes ao banheiro e isso pode não representar uma patologia. A atenção se dá quando a frequência foge do seu padrão, as fezes não estão com os aspectos mencionados ou então quando o cocô possuir sangue ou muco em sua composição.
É importante ficar de olho nesse excesso de idas ao banheiro. Se for mais do que três vezes ao dia e as fezes estiverem muito líquidas, você pode estar perdendo nutrientes importantes para o funcionamento adequado do corpo. O ideal é marcar uma consulta com um médico gastroenterologista para investigar o que está acontecendo.
A diarreia pode ter diversas causas:
Doenças infecciosas (gastroenterite aguda, por exemplo);
Doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa e doença de Crohn);
Doença celíaca;
Uso de certos medicamentos (antibióticos, por exemplo);
Síndrome do intestino irritável;
Verminose;
Síndrome do intestino curto, entre outras.
Fontes: Ana Flávia Torquato, médica endocrinologista do HUCW (Hospital Universitário Walter Cantídio), vinculado a Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Luiza Esteves, médica endocrinologista do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba; Rafaelle Marques, médica gastroenterologista do HGF (Hospital Geral de Fortaleza); Vinícius Lacerda Ribeiro, médico-cirurgião do aparelho digestivo no NuMA (Núcleo de Medicina Afetiva) e assistente do ambulatório de doenças infecciosas do ânus e do reto do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
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