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Emagrecer, maneirar no sal, dormir mais: 10 dicas para baixar pressão alta

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Marcelo Testoni

Colaboração para VivaBem

01/06/2023 04h00

Silenciosa, a hipertensão é uma doença cujas consequências variam desde comprometimento do funcionamento de vários órgãos a aumento de risco de AVC (acidente vascular cerebral) e infartos.

Quando as pressões máxima (sistólica) e mínima (diastólica), em repouso, são iguais ou passam os 140/90 mmHg, ou 14 por 9, admite-se que a pessoa tem hipertensão.

Mas fazer esforço físico, ficar apreensivo ou sofrer também tende a aumentar transitoriamente a pressão. Por isso o diagnóstico, em geral, envolve aferições em três diferentes ocasiões.

Valores de pressão entre 130-139 e 85-89 são considerados "normais limítrofes". Agora, os valores considerados ideais são aqueles iguais ou menores que 120/80 mmHg, ou 12 por 8.

A seguir, veja 10 medidas fáceis para baixar a pressão alta, tanto durante picos como crônica:

Tente se estressar menos

Estar sob excesso de estresse, ansiedade ou fortes emoções eleva os hormônios adrenalina e cortisol, fazendo o coração trabalhar mais e os vasos sanguíneos se contraírem, disparando com a pressão, que pode ficar difícil de ser tratada se essas situações forem recorrentes. Portanto, relaxe. Faça terapia, meditação, ioga, viaje, divirta-se e socialize mais.

Com dor, busque controlá-la

Dores, sobretudo agudas, como de dente, enxaqueca, cólica renal, pancadas, liberam, de novo, hormônios estimulantes no sangue, fazendo com que a pressão sofra picos. Mas, tratando-se a dor, como com analgésicos, a pressão tende a se normalizar. Em quem tem dores crônicas, esse controle precisa ser contínuo, pois o risco de desenvolvimento de hipertensão tende a ser maior.

Nunca interrompa tratamentos

Se já faz uso de remédios para controlar a pressão, não deixe de tomá-los, por qualquer motivo. Antes, é preciso consultar seu médico. Paralelamente, é fundamental rever hábitos prejudiciais, para que o tratamento surta efeito e a pressão não tenda a aumentar. Embora hipertensão não tenha cura, com esses cuidados dá para diminuir a dose dos medicamentos.

Se ganhou peso, emagreça

Com sobrepeso, a pressão sobe de forma crônica e isso tem a ver com o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos, que reduzem de diâmetro, fazendo com que a "força" da passagem do sangue seja maior, potencializando também o risco de infarto. Portanto, busque emagrecer e manter a circunferência abdominal abaixo de 88 cm (para mulheres) e 102 cm (para homens).

Pratique atividades físicas

Caminhada, natação, hidroginástica e musculação por, pelo menos, 3 vezes na semana por aproximadamente 30 minutos, no mínimo, são atividades que beneficiam a circulação, aumentam a resistência do coração e melhoram a respiração, podendo reverter uma leve hipertensão. Mas, antes de querer se exercitar, é indicado fazer um check-up geral de saúde.

Siga uma dieta saudável

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Para não ter picos de pressão, evite refeições muito pesadas e troque embutidos, enlatados, refrigerantes, congelados por uma alimentação natural, rica em frutas, verduras, carnes magras, cereais integrais e derivados do leite, como iogurte natural e queijos brancos. Além disso, beba entre 1,5 e 2 litros de água ao dia, para se hidratar e os órgãos funcionarem bem.

Consuma menos sal e açúcar

Enquanto o sal faz com que o corpo retenha líquido, sobrecarregando o sistema circulatório e os rins e contribuindo para o aumento da pressão, o açúcar coopera para o ganho de peso, obrigando o coração a bombear o sangue com mais força. Portanto, ao dia, não ultrapasse na soma das refeições totais mais que 1 colher de chá rasa de sal e 5 colheres de chá de açúcar.

Modere ou corte o álcool

Bebida alcoólica, sobretudo em excesso, eleva a pressão e o risco de morte por cardiopatias, pois o álcool exerce ação direta sobre a parede das artérias e contribui indiretamente para ganho de peso, diabetes e colesterol. Seu consumo deve ser moderado, o que significa, por exemplo, menos de duas latas de cerveja ao dia, ou vetado, se a pressão estiver descontrolada.

Durma mais e melhor

Ao dormir pouco (menos de seis horas por noite e de forma constante), a atividade cerebral e a frequência cardíaca aumentam e os hormônios que controlam a circulação sofrem um declínio, o que leva a problemas e doenças cardiovasculares, como a hipertensão. Já um sono profundo e duradouro tem efeito contrário, além de reparar e curar células, tecidos e vasos sanguíneos.

Fontes: Gabriela Cilla, nutricionista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Clínica?NutriCilla (SP); João Vicente da Silveira, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês (SP); e Júlio Barbosa, médico pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e neurocirurgião.