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Ex-BBB Aline Dahlen relembra queda de cabelo x anabolizantes; há relação?

A ex-BBB Aline Dahlen teve queda de cabelo por causa do uso de anabolizantes - Reprodução/Instagram
A ex-BBB Aline Dahlen teve queda de cabelo por causa do uso de anabolizantes Imagem: Reprodução/Instagram

De VivaBem, em São Paulo*

03/06/2023 12h09

Em uma entrevista ao site da TV Cultura, a atriz, influenciadora digital e atleta Aline Dahlen, que teve como principal projeção no país sua participação no BBB 14, relembra sua época de fisiculturismo e uso de hormônios esteroides, os famosos anabolizantes, para melhora da performance.

"Seu corpo tem um limite, estabelecido pela sua genética. Claro que tem genética, treino, descanso, mas chega uma hora que o organismo não responde mais. Aí as pessoas começam a utilizar os hormônios", explica Aline.

Diante do uso de hormônios, há os efeitos colaterais. Para a atleta, o pior deles foi a queda de cabelo.

Meu cabelo sempre foi bonito, natural. Graças a Deus, consegui parar a tempo. Aline Dahlen

No começo de abril, o CFM (Conselho Federal de Medicina) proibiu a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) com fins estéticos, para ganho de massa muscular e/ou melhora do desempenho esportivo, seja para atletas amadores ou profissionais.

O que são anabolizantes e quais são os riscos à saúde? Os esteroides anabolizantes são medicamentos de origem hormonal ingeridos ou injetados, indicados por médicos para pessoas com problemas específicos, que não produzem hormônios adequadamente e, por isso, precisam de reposição.

No entanto, estão sendo cada vez mais utilizados por quem busca um atalho para acelerar os resultados no treino.

Do que são feitos? Os anabolizantes incluem os hormônios esteroides, que são a testosterona e os derivados dela, como a oxandrolona e o estanozolol. Mas outros hormônios, como o do crescimento (GH), também podem ser usados para os mesmos fins.

Dentre os possíveis efeitos adversos estão:

Cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio, além de aterosclerose, devido ao acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, aumento de tromboses e vasoespasmos;

Doenças hepáticas, como hepatite medicamentosa, insuficiência hepática aguda e carcinoma hepatocelular;

Transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão e dependência;

Distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e diminuição de libido.

Nas mulheres, os possíveis efeitos também incluem pele mais oleosa, acne, queda de cabelo, engrossamento da voz e crescimento do clitóris.

Como afeta a saúde capilar? As substâncias anabolizantes estimulam de forma acelerada a produção de testosterona no organismo. Neste processo, há um aumento da dihidrotestosterona, uma derivação do hormônio masculino (que as mulheres também têm), que em desequilíbrio promove o afinamento e a queda dos cabelos.

A dihidrotestosterona também é um dos fatores que agravam quadros de calvície, principalmente em quem já tem tendência à alopecia androgenética. Ou seja, quem já possui uma predisposição à calvície, ao fazer uso de esteroides pode acelerar seu aparecimento ou piorar condições de queda capilar.

Proibição foi motivada por crescente "uso indevido". A medida destaca que não há estudos clínicos de boa qualidade que demonstrem a magnitude dos riscos associados à terapia hormonal androgênica em níveis acima dos fisiológicos, tanto em homens quanto em mulheres.

Há relação com câncer? Especialistas também afirmaram à reportagem que ainda não se sabe até que ponto o uso inadequado de anabolizantes pode acelerar alguns tipos de câncer. No caso do GH, explicaram os médicos, se uma das células de uma pessoa tem a mutação de um DNA que a transformaria em um câncer, mas ela está controlada pelo sistema imunológico, receber uma dose de hormônio de crescimento poderia levar à proliferação dela, gerando tumores.

*Com informações de reportagens dos dias 11/4/23 e 3/5/23.