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VivaBem Hoje

Os principais assuntos do universo da saúde em um só programa, exibido segundas, quartas e quintas


'Risco zero', diz especialista sobre transmissão de febre maculosa por pets

Colaboração para VivaBem

14/06/2023 15h05

Após o estado de São Paulo anunciar mais duas mortes por febre maculosa na última terça-feira (14), muitas dúvidas sobre como acontece a transmissão apareceram em discussões na vida real e nas redes sociais.

Em entrevista ao programa VivaBem Hoje, Evaldo Stanislau, professor de medicina na Faculdade São Judas e médico infectologista do Hospital das Clínicas (SP), tirou algumas dúvidas sobre a doença e alertou que, apesar de se alastrar por causa de carrapatos, o risco de um animal doméstico ser infectado e passar a bactéria para o dono é "zero".

"É bastante improvável que esses animais urbanos peguem carrapatos que estão infectados com a bactéria, apesar disso, é sempre recomendado que os pets tomem banho com frequência, usem coleiras anticarrapatos e, no caso em que se é encontrado um parasita na pele, que se faça a retirada", afirma.

As vítimas confirmadas pelo estado são o piloto Douglas Costa, de 42 anos, a dentista Mariana Giordano, de 36 anos, que era namorada de Douglas, e uma jovem de 28 anos. Todos eles participaram de uma festa no dia 27 de maio em uma fazenda na área rural de Campinas, no interior.

Douglas e Mariana passaram a ter sintomas de febre, manchas avermelhadas pelo corpo e dores no dia 3 de junho e morreram cinco dias depois. A outra jovem morreu no mesmo dia que eles.

Segundo Stanislau, uma das dificuldades da febre maculosa é justamente que a doença é caracterizada por sintomas que são comuns a muitas outras enfermidades. "Não é uma doença comum, mas tem letalidade alta, por isso a recomendação é a de que se procure um médico o mais rápido possível, no caso de suspeita", afirma.

A febre maculosa tem seu ciclo de transmissão no meio silvestre. O carrapato tem que estar infectado com bactérias do gênero Rickettsia e então picar o ser humano. Para que aconteça a infecção, o parasita precisa ter tido contato de 4 a 6 horas com a pele humana.

"As pessoas têm na cabeça uma fantasia de que entrou em contato, infectou, isso raramente acontece em doenças infeciosas. O tempo é crucial nesse caso", afirma.

O vídeo acima é um recorte do VivaBem Hoje, programa que traz os principais assuntos sobre saúde do momento e é exibido ao vivo no YouTube e no Canal UOL, às segundas, quartas e quintas, às 14h. Veja abaixo o programa completo deste dia 14. Confira todos os episódios do VivaBem Hoje no canal do YouTube de VivaBem.