Submersível desaparecido: o que pode acontecer com a saúde dos tripulantes
Um submersível desapareceu nos Estados Unidos, no último domingo (18), quando estava a caminho de uma expedição rumo aos destroços do Titanic. O veículo tem capacidade total de 96 horas de oxigênio, mas, pelos cálculos da Guarda Costeira americana, agora restam menos de 24 horas de reserva. O estimado pela marinha americana é que as cinco pessoas que embarcaram nessa viagem ao fundo do mar fiquem sem oxigênio por volta das 6h de quinta-feira (22).
O VivaBem Hoje conversou com o médico Bruno Parente, atual diretor de medicina ocupacional e do mergulho da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, para entender como isso pode estar impactando a saúde dos passageiros.
De acordo com o médico, além dos perigos físicos, a tripulação do submersível está vulnerável a crises de pânico e ansiedade, que pode piorar ainda mais a situação. "A desestabilização emocional pode levar a más escolhas. O cenário é desafiador, mas torcemos para que tudo dê certo", afirmou.
Veículos como o que desapareceu contam com um mecanismo para retirar o dióxido de carbono, que é tóxico, mas a capacidade do sistema é limitada e depende do suprimento de energia. O excesso de gás carbônico é tão prejudicial quanto a falta de oxigênio. Os tripulantes podem sentir asfixia, sonolência e vertigem. Com o tempo, a tendência é que percam os sentidos.
Parente, que já atuou em alguns resgates, também explica como é possível socorrer pessoas em acidentes embaixo da água. "É uma operação delicada e complexa. Uma vez encontrado o submersível, as autoridades precisam decidir se retiram a tripulação de dentro do local ou o trazem para a superfície", diz.
A pressão embaixo da água é muito forte, por isso, se o resgate é feito nesse cenário, outro equipamento precisa se conectar ao primeiro submersível para que os ocupantes saiam com segurança, em um ambiente seco, sem ter contato com a água. Uma abertura dupla de escotilha. "Parece até o cenário de ficção científica, mas é como acontece", diz o médico.
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