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Após mordida de cachorro, ela fez cirurgia e nariz começou a ter pelos

Reprodução/TikTok
Imagem: Reprodução/TikTok

Do VivaBem

09/07/2023 15h42

A enfermeira Trinity Rowles, 20, foi atacada pelo cachorro do seu pai em setembro do ano passado e foi operada quatro vezes, mas uma das cirurgias deixou seu nariz diferente.

A pele usada para o enxerto era de sua testa e couro cabeludo, e Trinity percebeu que pelos começaram a crescer no nariz. Desde então, ela compartilha no TikTok a situação. Um dos vídeos já chegou a ter mais de 7 milhões de visualizações.

"Eu sei do que os cães são capazes agora. Nunca pensei sobre isso antes ou sobre os danos que os cães podem causar", disse ela ao New York Post.

A enfermeira também está sofrendo com transtornos psicológicos depois do acidente. "Não durmo mais bem por causa dos meus flashbacks e agora também tenho um medo muito forte de cachorros. Estou tomando remédios e fazendo terapia para me ajudar a lidar com meu TEPT [transtorno do estresse pós-traumático]", disse ela.

Nas redes sociais, ela ainda recebe críticas sobre sua aparência, mas Trinity se diz grata por ainda estar viva depois do ataque. "Ter uma experiência de quase morte mudou minha perspectiva de vida e sou muito grata por ainda estar aqui, pois poderia ter sido muito pior", disse. "Embora esta tenha sido uma experiência horrível e transformadora, estou muito feliz por ainda estar aqui."

O que é enxerto

O enxerto é usado quando não se consegue um fechamento com curativos, sutura simples, retalho cutâneo local e a perspectiva de recuperação não é boa, havendo cicatrização demorada, dores, aspecto estético deformado e risco de contaminação.

Os enxertos podem ser classificados de acordo com a origem do tecido utilizado:

autoenxerto (quando é retirado do próprio paciente);

aloenxerto ou homoenxerto (de outro indivíduo, mas da mesma espécie);

xenoenxerto (proveniente de outras espécies, como tilápia e suínos).

Há diversas opções de enxerto

Os enxertos também podem ser classificados em simples ou compostos. Os primeiros são constituídos por um único tipo de tecido e os segundos por mais de um, como os enxertos condrocutâneos (pele e cartilagem) e dermogordurosos (pele e gordura), por exemplo. Em se tratando dos enxertos de pele, podem ser divididos em pele total ou pele parcial.

Os de pele total contêm a epiderme (camada mais superficial da pele) e toda a espessura da derme (camada localizada sob ela) e são utilizados mais para pequenas lesões, principalmente em face, axilas e mãos.

Já os enxertos de pele parcial contêm a epiderme e parte da espessura da derme e podem ser subdivididos em fino, médio e grosso. Quanto mais estreito, mais rápida a área doadora se regenera, melhor a sua aparência e maior a chance de o enxerto ser "nutrido" e se fixar na área receptora.

A pele usada pode ser retroauricular (situada atrás da orelha), da prega inguinal (inferior do abdome), da região medial do braço, da região supraclavicular (localizado acima da clavícula) e se for para um enxerto do tipo total requer ter a área de sua extração costurada, diferente da área doadora dos enxertos de pele parcial e que tem capacidade de se regenerar sozinha.

*Com informações de matéria publicada em 26/08/21