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Idosos mais ativos sentem menos dor e são menos ansiosos, mostra estudo

Do VivaBem Hoje

12/07/2023 14h25

Como você se imagina quando chegar na terceira idade? Um estudo mostrou que a atividade física é uma importante aliada para quem quer ter saúde e vitalidade nessa fase da vida.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge analisaram os níveis de exercício de quase 1.500 adultos com 60 anos ou mais ao longo de seis anos. Eles descobriram que as pessoas que praticavam mais atividade física tinham uma melhor qualidade de vida do que aquelas que passavam mais tempo sedentárias.

A equipe analisou a qualidade de vida a partir de fatores que incluíam dor, capacidade de cuidar de si mesmo e ansiedade/humor. Os participantes receberam uma pontuação entre 0 (pior qualidade de vida) e 1 (melhor) com base em suas respostas a um questionário. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Health and Quality of Life Outcomes.

O que o estudo descobriu

Em média, seis anos após a primeira avaliação, homens e mulheres faziam cerca de 24 minutos a menos de atividade física moderada a vigorosa por dia. Ao mesmo tempo, o tempo total sedentário aumentou em média cerca de 33 minutos por dia para os homens e cerca de 38 minutos por dia para as mulheres.

Quem relatou fazer mais atividade física na primeira avaliação apresentou uma melhor qualidade de vida posteriormente: uma hora de atividade por dia foi associada a um escore de qualidade de vida 0,02 maior.

Ou seja, os idosos que eram mais ativos relatavam sentir menos dor, tinham maior capacidade de cuidarem de si próprios, sem precisar da ajuda de outras pessoas, e também apresentaram pontuações mais elevadas nos fatores de ansiedade e humor.

Além disso, para cada minuto a menos por dia de atividade física moderada a vigorosa seis anos após a primeira avaliação, as pontuações de qualidade de vida caíram 0,03. Isso significa que uma pessoa que gastasse 15 minutos a menos por dia nessa atividade teria sua pontuação reduzida em 0,45.

Para colocar os resultados em um contexto clínico, uma melhoria de 0,1 ponto nos escores de qualidade de vida já foi associada a uma redução de 6,9% na morte precoce e uma redução de 4,2% no risco de hospitalização.

Existem várias maneiras pelas quais melhorias em nossos comportamentos físicos podem ajudar a manter uma melhor qualidade de vida. Por exemplo, mais atividade física reduz a dor em condições comuns, como a osteoartrite, e sabemos que ser mais ativo fisicamente melhora a força muscular, o que permite que os idosos continuem cuidando de si mesmos. Da mesma forma, a depressão e a ansiedade estão ligadas à qualidade de vida e podem ser melhoradas sendo mais ativos e menos sedentários. Dharani Yerrakalva, do Departamento de Saúde Pública e Cuidados Primários da Universidade de Cambridge

Segundo os pesquisadores, qualquer coisa que possa interromper longos períodos de tempo sentado pode ajudar, incluindo caminhadas de 15 minutos e atividades de jardinagem. "Nosso trabalho sugere que a promoção da atividade física leve e a redução do tempo prolongado de sedentarismo também podem levar a uma melhora na qualidade de vida", diz o estudo.