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Minha libido diminuiu depois da menopausa. Reposição hormonal pode ajudar?

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

25/07/2023 04h00

Em alguns casos, sim. Quando a mulher entra na menopausa, ocorre uma diminuição de alguns hormônios, como estrogênio e testosterona, que pode impactar a qualidade de vida em muitos aspectos, inclusive na diminuição de desejo sexual.

A reposição, além de equilibrar novamente a libido, ajuda na manutenção dos tecidos da vulva e da vagina —com a queda hormonal, esses tecidos tendem a ficar "mais finos", com menos elasticidade e ressecados, o que tem um impacto direto na sexualidade, já que ocorrem alterações na sensação genital e na lubrificação, podendo causar dor durante o sexo.

Além da libido, a terapia hormonal é indicada em outras situações:

Presença de sintomas vasomotores (os famosos "calorões");

Síndrome geniturinária da menopausa (ressecamento vaginal, sintomas urinários, entre outros);

Prevenção da perda de massa óssea e menopausa precoce.

Como é feita a reposição

Existem vários tipos de hormônios que podem ser utilizados para a reposição e por diferentes vias. Os tratamentos são:

Comprimidos via oral;

Gel (utilizado na pele);

Adesivos (colados na pele);

Opções via vaginal (cremes, comprimidos e óvulos vaginais).

Outras soluções

Existem algumas soluções que também podem ajudar na retomada da libido, afinal o desejo sexual é multifatorial. Vale fazer atividade física, cuidar de sua saúde mental, trabalhar questões de relacionamento, fantasias, tempo dedicado à vida sexual e avaliar a necessidade de profissionais treinados para terapia sexual.

Também existem opções não hormonais que podem melhorar o conforto do ato sexual nesse período, como hidratantes e lubrificantes vaginais (lembrando que eles não são hormonais). Esses itens, ao melhorarem o conforto da relação, podem impactar de forma positiva na libido, pois evitam a associação de dor ao ato.

Fontes: Lorena Magalhães, médica ginecologista e responsável pelo Ambulatório de Sexualidade Feminina no Hupes-UFBA/Ebserh (Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e médica obstetra na MCO-UFBA/Ebserh (Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e Nadiessa Dorneles Almeida, médica ginecologista do Centro da Mulher do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

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