Sidney Sampaio teria usado remédio para dormir sem orientação; é perigoso?
![O ator Sidney Sampaio - Instagram/@sidneysampaiooficial](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/84/2023/08/04/amigo-de-sidney-sampaio-tranquiliza-fas-sobre-saude-do-ator-1691167897586_v2_450x600.jpg)
A ex de Sidney Sampaio, ator que foi socorrido na Zona Sul do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (4) após cair da janela de um hotel, afirmou que o episódio aconteceu porque ele teria usado remédio para dormir sem orientação médica. "[Agora], ele está sendo medicado corretamente e passa bem", escreveu a psicóloga no Instagram.
O uso de medicamentos que ajudam a induzir o sono é considerado seguro, desde que seja indicado pelo médico, na dose recomendada e pelo período de tempo adequado. Já a automedicação, como teria feito o ator, pode causar danos graves à saúde e, por isso, não é recomendada pelos especialistas.
Por que tomar remédio para dormir sem indicação pode ser perigoso?
Remédios para dormir podem interagir com outros medicamentos. Por isso, se o paciente já utiliza algum tipo de medicação de uso contínuo, por exemplo, e usa o remédio para insônia sem seguir as orientações de um profissional, corre o risco de os dois fármacos interagirem, o que pode piorar seus efeitos colaterais (veja mais abaixo).
Além disso, tomar o remédio em horários inapropriados, doses incorretas ou numa quantidade abusiva também expõe a pessoa ao risco de efeitos adversos indesejáveis.
Apenas um profissional consegue identificar o tipo de distúrbio do sono do paciente e indicar quais fármacos são adequados para o seu caso.
A automedicação de remédios para induzir ao sono traz diversos efeitos adversos e a pessoa pode usar mais do que deveria e ter intoxicações. Rodrigo Schultz, neurologista, em entrevista ao VivaBem para reportagem publicada em 19/01/2022
Entenda os remédios para insônia
Há diversos remédios prescritos para insônia que ajudam a induzir o sono ou fazem com que a pessoa durma por mais tempo. Os riscos e os benefícios variam de acordo com a classe de medicamento definida pelo especialista do sono ou psiquiatra.
Cada classe de medicação age ligando a receptores cerebrais, aumentando ou diminuindo os seus efeitos, causando sonolência e diminuindo a ansiedade. Existem diversos estudos que atestam a segurança e a eficácia de medicações indutoras do sono.
No entanto, há diversos efeitos colaterais relacionados ao uso de remédios para dormir. O evento indesejado mais frequente é a sonolência durante o dia, além de desatenção, prejuízo na produtividade e risco de acidentes de trabalho e no trânsito.
Além disso, quando há o uso por longos períodos, alguns dos riscos são:
- Aumento de quedas, principalmente nos idosos;
- Dependência e abstinência com os hipnóticos (as chamadas drogas-Z), ou seja, a pessoa cria uma tolerância ao medicamento e necessita de doses cada vez mais altas para atingir o efeito desejado;
- Alucinações e alterações de memória;
- Sonambulismo, ou seja, quando a pessoa realiza atividades como andar ou comer sem estar completamente acordada;
- Ganho de peso ou inchaços;
- Queda da pressão arterial ao se levantar.
Apesar dos perigos apresentados, o uso dessas medicações é considerado seguro e pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, desde que seja prescrito pelo médico e administrado da maneira correta.
Quem precisa usar remédio para dormir?
Se você tem problemas para pegar no sono ou não dorme adequadamente, o ideal é procurar ajuda profissional o quanto antes. Porém, isso não significa que o especialista prescreverá um medicamento controlado de imediato.
Inicialmente, será preciso identificar se o paciente está com o transtorno de insônia: se há dificuldade para iniciar ou manter o sono, se desperta antes do horário desejado ou sente insatisfação com a qualidade de sono por um período de tempo significativo, com danos à qualidade de vida.
Geralmente, quem sofre com a insônia recebe orientações para mudar a rotina. Segundo especialistas ouvidos pelo VivaBem em matéria sobre o assunto publicada em janeiro do ano passado, antes de indicar o uso de um remédio, a primeira abordagem é incentivar o paciente a mudar seus hábitos e praticar a chamada "higiene do sono".
Dentre as medidas recomendadas para melhorar a qualidade do sono, estão:
- Atividade física regular;
- Regularidade nos horários de dormir e acordar;
- Dieta balanceada com refeições leves próximas ao horário de dormir;
- Evitar uso de alimentos ou substâncias estimulantes no período do fim da tarde ou à noite como o café;
- Reduzir exposição luminosa no horário de dormir. É importante evitar o uso de celulares, computadores e televisão no período noturno.
*Com informações de reportagem publicada em 19/01/2022.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.