Apita no banco? O que são os pinos que teriam sido colocados em Sánchez
É comum que uma pessoa após sofrer uma fratura precise utilizar placas ou pinos para estabilizar o osso, fazendo com que ele se consolide mais rapidamente, ou para ajudar na sua reconstrução. Esse tipo de tratamento é mais usado em casos de lesões graves, como aquela que acometeu Luciano Sánchez em jogada com Marcelo na partida entre Fluminense e Argentinos Juniors pela Libertadores.
Nesse tipo de pino, são utilizados diversos tipos de materiais biocompatíveis com seres humanos, ou seja, que não provocam rejeição quando implantados.
Na maioria dos casos, o objetivo deles são ligar os pontos fraturados e mantê-los estáveis para que o organismo atue na cicatrização da lesão. Eles também podem ser usados em casos em que se necessita de um aparelho de fixação externa ou para ajudar a reconstruir ligamentos rompidos —caso do jogador.
Mas você já reparou que atualmente muitas placas e pinos não apitam mais na entrada de bancos ou aeroportos?
De maneira geral, materiais de implantes ortopédicos (placas e pinos) têm poucas chances de serem detectados porque são feitos de ligas com baixa suscetibilidade magnética. Além disso, são costumeiramente alocados profundamente embaixo de pele, gordura e músculos, o que dificulta a detecção. Paulo Alvim, ortopedista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
- Qualquer metal pode ser detectado por esses dispositivos.
- Risco aumenta quando a pessoa tem um pino ou placa de aço inoxidável em regiões mais superficiais (como no tornozelo) e implantes muito grandes, como é o caso de próteses de joelhos.
- Vale destacar que os pinos, placas, parafusos e hastes só podem ser feitos de aço inoxidável ou de ligas metálicas.
- As mais utilizadas são aquelas à base de titânio, alumínio, vanádio e cromo cobalto. São ligas de alta resistência mecânica e corrosiva.
E o que fazer se algum detector de metal for acionado e apitar? O primeiro passo é manter a calma.
Sabemos que, dependendo da quantidade de placas ou da sensibilidade do sensor de segurança, pode, sim, haver percepção e bloqueio da passagem. Porém, nestes casos, a apresentação do atestado médico, descrevendo os procedimentos realizados, já é o suficiente para liberar a circulação da pessoa. José Eduardo Nogueira Forni, ortopedista e vice-presidente do Comitê de Dor da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
Para evitar constrangimentos e até se atrasar, se você tem pinos, placas ou hastes no corpo e for viajar, é melhor se prevenir e andar com os seus laudos e relatórios médicos na mochila.
*Com informações de reportagem de VivaBem publicada em 24/01/2023.
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