Jojo Todynho faz cirurgia bariátrica; entenda os tipos e quem pode fazer

A cantora Jojo Todynho passou por uma cirurgia bariátrica nesta terça-feira (8) depois de ingressar num estilo de vida mais saudável, com prática de exercícios físicos e alimentação balanceada.

Nas redes sociais, ela disse que não contou antes sobre o procedimento porque haviam muitas perguntas, o que a incomodava.

"Mas continuei fazendo o processo, acompanhamento com psicóloga, exames, que são muitos", disse. "Quando eu voltar para casa, vou contar direitinho como foi esse processo, por que eu decidi fazer."

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Nesta quarta-feira, a funkeira disse que sentiu muita dor após a cirurgia, mas saiu do tratamento intensivo nesta manhã e está bem.

Quem pode fazer a cirurgia bariátrica

Segundo a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), mais de 311 mil cirurgias bariátricas foram realizadas nos últimos cinco anos pelos planos de saúde e pelo SUS.

O procedimento é uma das opções de tratamento para a obesidade quando a pessoa tem IMC (índice de massa corporal) acima de 40. Mas antes de ir para o centro cirúrgico, é importante tentar métodos não cirúrgicos de emagrecimento.

"As pessoas devem procurar tratamento clínico para ver se a obesidade não tem causa hormonal que pode ser tratada de maneira diferente da cirurgia", explica Antonio Carlos Valezi, presidente da SBCBM, em entrevista ao VivaBem Hoje.

Pessoas que não conseguiram emagrecer por meios clínicos —com dieta, exercícios e medicamentos— e ainda se enquadram no IMC alto têm indicação de realizar o procedimento.

Valezi afirma que a cirurgia bariátrica não é um procedimento fácil e precisa de preparo. "Essas pessoas têm de passar por avaliação com nutricionista, endocrinologista e acompanhamento psicológico", destaca.

"A cirurgia é ótima, mas vai exigir um comprometimento da pessoa consigo mesma e com as mudanças que vão acontecer por causa das alterações anatômicas", reforça o médico.

Tipos de cirurgia bariátrica

No Brasil, há dois procedimentos regulamentados pelo CFM (Conselho Federal de Medicina):

• Sleeve: nesse caso, há somente diminuição do estômago, com retirada de grande parte do órgão, que fica com uma capacidade menor.
• Bypass gástrico: também diminui o estômago, mas faz uma ligação dele com o intestino. Assim, há um desvio do alimento, que vai direto para o intestino delgado.

Segundo Valezi, são técnicas diferentes com aplicações individuais para o paciente.

Riscos da cirurgia bariátrica

Como qualquer procedimento cirúrgico, a bariátrica não está totalmente isenta. Mas, segundo o presidente da SBCBM, a cirurgia é segura, com técnicas anestésicas e cirúrgicas avançadas.

Há reganho de peso?

Embora a cirurgia bariátrica seja um bom método para emagrecer e manter a pessoa magra, Valezi afirma que é possível um reganho de peso se não houver comprometimento em relação à alimentação e hábitos saudáveis.

"O paciente obeso é metabolicamente feito para ter peso elevado, então, se não tiver comprometimento e acompanhamento de profissionais, poderá ter recidiva do peso", comenta.

Porém, ele afirma que a taxa de reganho de peso "é bem menor do que o sucesso" do procedimento.

Vida após a cirurgia

O médico destaca que a pessoa que se submete à cirurgia bariátrica precisa estar ciente de algumas questões:

• A cirurgia serve para ajudar, mas não soluciona todos os problemas.
• A pessoa vai trocar a nova realidade alimentar por uma perda de peso que vai melhorar sua condição de saúde e vida.
• Essa troca vai exigir um sacrifício que, no começo, é mais difícil, assim como toda adaptação nova, mas compensa.