Quase 66 mil pessoas aguardam transplante no Brasil; 386 esperam coração

Faustão trata insuficiência cardíaca

O apresentador está internado desde o dia 5 de agosto no hospital Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca. Na noite de domingo (20), um boletim médico informou que ele está sob cuidados intensivos e que, diante do agravamento do quadro, há indicação para o transplante.

A fila de transplante é comum, independentemente da renda ou se o paciente entrou nela pelo Sistema Único de Saúde ou por convênio particular. Ao UOL News, o médico cardiologista Guilherme Viganó explicou que "há critérios bem definidos" para determinar quando chega a vez do paciente.

O critério-base é o tempo de fila. Porém, há algumas situações nas quais o paciente não consegue esperar e precisa passar na frente, sempre por gravidade.
Guilherme Viganó, médico cardiologista

A idade não é um dos critérios usados para determinar o lugar na fila, mas a necessidade de medicamentos para ajudar no funcionamento do coração, como está ocorrendo no caso de Faustão, pode ser um dos fatores de prioridade.

O tipo sanguíneo e a compatibilidade com o doador também interferem no tempo para o transplante.

Precisamos encontrar um coração que dê certo para o tamanho e o tipo sanguíneo de cada paciente. É preciso preencher critérios para ser transplantado. A oferta hoje é muito baixa, principalmente devido à falta de informação e preconceito.
Guilherme Viganó, médico cardiologista

Apresentador grava vídeo

No sábado (19), o apresentador divulgou um vídeo em que fala que, "por sorte", ainda não morreu.

"Estou em tratamento. Peço que rezem por mim. Agora, tenho muita noção da família maravilhosa que tenho, uma mulher maravilhosa. E quem decide é o chefe lá de cima", afirmou.