Melissa ou capim-limão: saiba qual o melhor chá para ansiedade
De UOL em São Paulo
02/09/2023 08h00
Em tempos de pressa e tensão, nada é mais reconfortante do que uma xícara de infusão para apaziguar os nervos e desfrutar de um breve relaxamento. Ao fazer sua seleção, muitos preferem o capim-santo (ou capim-limão, como é conhecido por alguns), e, embora haja discrepâncias de opinião, esta escolha é, de fato, bastante acertada.
O chá de melissa ainda se mantém como a opção principal para reduzir a ansiedade, uma vez que seus componentes ativos se conectam aos receptores gabaérgicos, aliviando, assim, a agitação do sistema nervoso. "Também atuam nos receptores associados a melhorias na memória e na cognição, o que contribui para a tranquilidade, uma vez que as pessoas se sentem mais focadas", explicou o farmacêutico Luís Carlos Marques, ex-professor da Universidade Estadual de Maringá e diretor da Associação Paulista de Fitoterapia, em entrevista à colunista Lúcia Helena, do VivaBem.
Embora o capim-santo não possua o mesmo reconhecimento que a melissa, que é recomendada até mesmo pela Organização Mundial da Saúde, segundo o professor, ele "está seguindo o mesmo caminho". Já nos anos 1980, a Universidade Federal de São Paulo iniciou estudos sobre a planta e obteve resultados promissores quando as folhas eram usadas frescas.
Conforme o docente, os óleos essenciais têm demonstrado a capacidade de reduzir a pressão arterial, um efeito extremamente benéfico para indivíduos com hipertensão, problemas para dormir durante a noite ou que vivem sob constante estresse. "A fitoterapia evoluiu por meio das infusões, quando a indústria farmacêutica ainda não existia. Se tivermos uma planta de alta qualidade e prepararmos uma infusão da maneira adequada, não há motivo para que não seja eficaz", esclareceu Marques à colunista.
Se a intenção é colher esses benefícios, os chás vendidos em saquinhos não são aconselháveis devido à concentração limitada de capim-santo. "Na melhor das hipóteses, haverá apenas 1,5 grama da planta dentro deles, uma quantidade insignificante para proporcionar calma. Além disso, não temos como saber há quanto tempo a planta foi armazenada", informou a nutricionista Vanderlí Marchiori, uma das fundadoras da Associação Paulista de Fitoterapia, também em entrevista a Lúcia Helena.