Fui diagnosticada com alopecia feminina. Tem cura?
A alopecia feminina não tem cura, mas o tratamento ajuda a reduzir a progressão do problema. Existem várias terapias, que variam de acordo com a gravidade da condição. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos de uso oral, uso tópico (de aplicar), terapia a laser de baixa intensidade, aplicações de medicamentos injetáveis no couro cabeludo, entre outros.
Também conhecida como calvície feminina, a condição é identificada pelo afinamento progressivo dos cabelos e, muitas vezes, ocorre por questões genéticas. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que cerca de 50% das mulheres podem ser afetadas pela alopecia em algum momento.
Os principais sintomas são:
- diminuição gradual do volume capilar, especialmente na região do topo da cabeça;
- aumento na visibilidade do couro cabeludo por conta do maior espaçamento entre os fios.
Na calvície feminina, não existe a queda capilar, mas sim o afinamento dos fios. Além disso, a alopecia pode se iniciar em qualquer idade após a puberdade e sua frequência aumenta com o tempo.
Por isso, assim que os primeiros sintomas surgirem, é muito importante buscar ajuda médica. Quando o diagnóstico é feito precocemente, é possível fazer os fios voltarem a ter uma espessura adequada, o que facilita o controle da doença.
Como já dito, a alopecia feminina não tem cura, por isso o tratamento deve seguir por toda a vida. Sem os cuidados adequados, a médio e longo prazos pode acontecer um aumento progressivo do afinamento dos fios, o que leva a uma redução substancial na densidade capilar.
Em estágios mais avançados, o couro cabeludo pode se tornar mais visível, gerando desconforto estético e afetando a autoestima. Os fios afinam tanto que param de nascer, e a área de alopecia pode aumentar com o tempo, caso a pessoa não trate o problema. Nos casos em que a perda é definitiva, apenas o transplante capilar surge como opção de tratamento.
Também existem algumas dicas para o dia a dia que podem ajudar na terapia contra a alopecia feminina. Portanto, além do tratamento prescrito pelo dermatologista, algumas práticas podem favorecer a saúde capilar:
manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, como vitaminas e minerais, que são benéficos para o cabelo;
evitar penteados que causem tração excessiva nos fios;
proteger o cabelo do calor excessivo;
praticar atividades físicas, o que melhora o fluxo sanguíneo e favorece a chegada de nutrientes e saúde ao couro cabeludo, além de favorecer hormônios do bem-estar.
Fontes: Carla Gayoso, professora de dermatologia do HULW-UFPB (Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba), vinculado a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Felipe Chediek, médico dermatologista, especialista em tricologia sistêmica na abordagem da medicina funcional integrativa; Fernanda Nina, dermatologista clínica e cirúrgica do UDI Hospital, em São Luís (Maranhão); Natália Venturelli, médica dermatologista especializada em medicina estética pela Faculdade de Ciências Médicas CEMEP (Centro de medicina especializada, pesquisa e ensino).
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