Misturar ervas no chá faz bem para a saúde?

Um chazinho no fim do dia às vezes é uma boa alternativa para relaxar e combater o estresse da rotina. A lista de plantas com esse tipo de benefício é extensa, mas não quer dizer que a união de todas elas seja um acerto.

Tem quem pense que misturar hortelã, melissa e capim-santo, reconhecidas pelo efeito calmante, seja uma boa ideia, mas não é. "Ocorre um excesso de fitoquímicos. Aí, a pessoa pode ficar excitada e até perder o sono", alertou a nutricionista Vanderlí Marchiori, uma das fundadoras da Associação Paulista de Fitoterapia, em entrevista para Lúcia Helena, colunista de VivaBem.

A profissional também explicou que o contrário não é interessante. Aqueles famosos chás de saquinho só servem para curtir o sabor. "Quando muito, haverá 1,5 grama da planta dentro, um nada para acalmar. E não sabemos há quanto tempo [a folha] foi seca. Então, não vale", acrescentou Vanderlí.

O capim-santo também se tornou queridinho em pratos gastronômicos, mas Marchiori explica que os benefícios fitoterápicos são nulos também. "Ele, muitas vezes, serve para realçar o sabor de outros ingredientes, tanto em doces quanto em salgados, mas ninguém fica sereno comendo brigadeiro de capim-santo", brincou.

Para o caso dos sucos, a situação é a mesma. "Também não têm efeito fitoterápico. Seria preciso uma quantidade muito maior da erva", pontuou.

Para fazer o chá ideal de capim-santo e aproveitar seus efeitos, a nutricionista sugere no mínimo 1 colher de sobremesa da planta picada para 300 mililitros de água fervente. Em seguida, deixe no fogo por no máximo 3 minutos para extrair todos os seus componentes.

O hábito no consumo também é fundamental. "Se quer baixar a ansiedade, é para tomar o chá todo santo dia e nos dias pecadores também", divertiu-se Vanderli na entrevista.

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