Como saber se meu filho está viciado em eletrônicos? Quais são os sinais?

Há diversos sintomas que indicam o vício em aparelhos eletrônicos. Veja alguns:

Diminuição do desempenho escolar;

Alteração dos padrões de sono, como insônia;

Maior irritabilidade e ansiedade;

Desinteresse por outras atividades que não aquelas ligadas ao vício, seja de jogos, seja de redes sociais etc;

Diminuição nos relacionamentos da vida presencial;

Prevalência dos relacionamentos da vida online;

Diminuição de interesse em atividades da vida presencial que costumava gerar prazer e satisfação;

Oscilações de humor;

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Desatenção;

Déficit de memória;

Sentimento de angústia em ambientes em que não podem fazer uso dos eletrônicos.

Caso você identifique alguns desses sinais em seu filho, é necessário gerenciar o uso de eletrônicos de forma gradual e saudável, recorrendo ao diálogo aberto sobre as vivências desfrutadas virtualmente e ao incentivo à prática de outras atividades. Se mesmo diante dessa abordagem não houver melhora, o ideal é buscar ajuda de profissionais da saúde, como psicólogo ou psiquiatra infantil.

Vale reforçar aqui a importância dos pais e responsáveis estarem atentos ao tempo em que os jovens e as crianças passam em frente a uma tela, jogando videogame ou no computador. A Sociedade Brasileira de Pediatra recomenda:

  • Abaixo de 2 anos: não é indicado o uso de telas;
  • Crianças entre 2 e 10 anos: no máximo 2 horas por dia;
  • Adolescentes entre 11 e 18 anos: até 3 horas diárias e aconselha-se nunca "virar a noite";
  • Para todas as faixas etárias: não utilizar telas durante as refeições e desligar os dispositivos uma a duas horas antes de dormir.
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Uma das formas de adequar o tempo de tela por idade é adotar alternativas que favoreçam o uso dos meios digitais em favor das crianças.

A seguir, confira algumas ações práticas que podem ajudar nesse controle do tempo de uso de tecnologias que representam fatores de risco ao desenvolvimento infantil.

1. Seja exemplo

Pouco adianta limitar o período de tela por idade se os adultos estiverem o tempo todo com o celular.

2. Explique as razões

Oriente sobre os riscos da exposição online em relação à pedofilia e roubo de dados, por exemplo.

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3. Proponha alternativas

Substitua o uso de recursos digitais por brincadeiras que exijam a movimentação do corpo.

4. Esteja atento

Monitore os sites e as redes sociais que o seu filho visita e verifique os riscos.

5. Brinque com a criança

Escolha jogos e filmes pedagogicamente adequados para a faixa etária de seu filho.

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6. Estabeleça critérios

Converse sobre a importância de priorizar o uso saudável da tecnologia e desestimule o uso de tais recursos antes de dormir.

Fontes: Aline Restano, psicóloga e autora do livro "Crianças Bem Conectadas"; Ana Teresa Leiros, psicóloga do serviço de pediatria no HUOL - UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), unidade da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) em Natal (RN); Cristina Borsari, coordenadora do departamento de psicologia do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo; Bernardo Bueno, professor na Escola de Humanidades da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e autor do livro "Crianças Bem Conectadas"; Juliana Potter, psicóloga e autora do livro "Crianças Bem Conectadas"; Maria Marleide de Oliveira, psicóloga e neuropsicóloga do Hospital de Saúde Mental, do Ceará.

Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para pergunteaovivabem@uol.com.br. Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem.

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