Fábio Assunção: entenda como funciona dieta que fez o ator perder 30 kg

Aos 52 anos, o ator Fábio Assunção chamou atenção ao aparecer com abdome definido. Ele emagreceu 30 kg em um ano, aliando boxe, musculação e dieta.

Com uma rotina de esportes e novos hábitos alimentares, ele transformou o corpo entre 2019 e 2020 para atuar na série "Fim", da Globoplay. O ator tinha 33% de percentual de gordura no corpo. Agora, tem 8%.

Com acompanhamento da nutricionista Adriana Tannure e do endocrinologista Roberto Zagury, o ator chegou a eliminar 17 kg em 5 meses e seguiu 22 planos nutricionais. Há quatro meses, ele começou uma dieta cetogênica e incluiu longos intervalos sem alimentação para acelerar a queima de gordura.

"Às vezes, eu tomo café da manhã, almoço e depois não como mais nada", contou em entrevista à revista GQ Brasil.

O que é a dieta cetogênica

A dieta cetogênica trata-se de um regime alimentar que prevê um alto consumo de gordura e proteína e uma baixa ingestão de carboidratos.

O nome vem da cetose, espécie de queima da gordura induzida pelo corte radical nos carboidratos. Ao reduzir esse nutriente, que é o principal fornecedor da glicose que dá energia para as células, o organismo busca outras fontes de combustível, principalmente a gordura, que é o nutriente mais ingerido na dieta cetogênica.

O processo, além de usar a gordura corporal, dá origem aos corpos cetônicos, moléculas que interferem nos hormônios envolvidos no apetite, como a grelina. A cetose é o principal trunfo da dieta cetogênica, que pode variar em formato e limite de calorias ingeridas.

No geral, o consumo de carboidratos fica abaixo de 50 g ao dia. Para se ter ideia, normalmente nós ingerimos cerca de 200 g ou mais do nutriente diariamente.

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Por muitos anos, ela esteve vinculada ao tratamento de casos de epilepsia resistentes a medicamentos.

Dieta cetogênica é diferente da low carb

Embora também tenha ganhado fama por reduzir os carboidratos do menu diário, a dieta low carb não é a mesma que a cetogênica. Na low carb a ingestão de carboidratos pode chegar a 150 g por dia, enquanto na cetogênica o limite varia entre 20 g e 50 g.

Na cetogênica, há um número exato de refeições por dia, pois cada pessoa sente fome em momentos diferentes. Para induzir a cetose, é preciso que o corpo passe um tempo em escassez de carboidratos. Por isso, a dieta tem duração mínima de 2 a 3 semanas, podendo chegar a 6 meses. No geral, por conta da restrição severa, o programa dura por volta de 40 dias.

As verduras estão todas liberadas e a maioria dos legumes, mas vários vegetais tem que sair do prato, entre eles batatas, mandioca e a família das leguminosas: feijão, soja, lentilha, ervilha etc. As frutas 100% permitidas são abacate e coco, pois são fonte de gordura.

No campo das gorduras, manteiga, castanhas, azeite, castanhas e banha de porco também entram no cardápio. Além destes, carnes, peixes, frango, ovo, queijos, iogurte e açaí completam a lista dos liberados.

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As únicas bebidas que podem ser ingeridas são água, café e chá sem açúcar.

Assim como fez Fábio Assunção, que treinou musculação e boxe, o exercício físico deve ser aliado à dieta para que a perda de peso seja efetiva e saudável.

Efeitos colaterais

A eficácia da dieta é alta, mas a custos altos. O regime se mostrou eficiente na perda rápida de peso, mas seus efeitos no longo prazo, inclusive à saúde, são desconhecidos.

A manutenção também é ruim, ainda mais quando feita por conta própria. É uma dieta para ser usada a curto prazo e não pode ser feita por todo mundo.

A restrição abrupta de carboidratos pode desencadear picos de comilança que prejudicam no processo de queima da gordura.

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A restrição total e prolongada pode levar à compulsão alimentar. É comum que ocorra o famoso efeito rebote, quando o peso eliminado volta de uma vez pela falta de manutenção dos bons hábitos.

Pessoas com diabetes ou hipertensão devem ficar atentas, pois frequentemente é preciso fazer ajustes nos medicamentos. Caso contrário, há risco de crises de hipertensão e hipoglicemia por conta das alterações no metabolismo.

Já quem tem doenças no fígado ou rim não pode seguir essa dieta, pois o aumento na ingestão de proteínas e gorduras pode sobrecarregar estes órgãos.

*Com informações de reportagem publicada no Ranking das Dietas de VivaBem

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