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Saiba quais são os melhores alimentos para quebrar o jejum intermitente

De VivaBem, em São Paulo

29/09/2023 12h00

Imagine que você está há 16 horas de jejum e nas próximas oito horas vai poder comer normalmente. Se o objetivo é emagrecer, qual será a sua primeira refeição? A escolha pode ser determinante para os resultados desse tipo de dieta, conhecida como jejum intermitente.

"Alguns estudos mostram que o jejum intermitente ou a dieta hipocalórica, ou seja, de baixa caloria, têm a mesma eficácia na perda de peso, ou seja, o que você escolhe comer na janela da alimentação é muito importante para que o jejum funcione", explicou a endocrinologista Lívia Marcela, no primeiro episódio da nona temporada do Conexão VivaBem.

O jejum intermitente é caracterizado por períodos de alimentação alternados com períodos de jejum e tem ganhado popularidade como uma estratégia de saúde e perda de peso, mas deve ser feito com a orientação de um especialista.

Uma das modalidades mais conhecidas é a de 16 por 8 horas, que propõe que os pacientes devem comer normalmente por um período de oito horas e, depois, ficar em jejum por 16 horas seguidas. A janela de alimentação mais comum desse modelo ocorre entre 10h e 18h, período do dia em que a pessoa pode comer o que quiser —desde que isso seja saudável.

Tapioca nem pensar. Para alcançar os objetivos esperados com o programa alimentar, alimentos muito calóricos e com alto índice glicêmico devem ser evitados. Isso porque eles podem causar picos de insulina, hormônio que leva o açúcar às células.

"Um alimento que tem alto índice glicêmico é a tapioca. Não é legal quebrar o jejum só com tapioca, por exemplo", recomenda a médica. "Apesar de ter uma fama de boazinha, ela é farinha, e farinha vira açúcar também no nosso corpo", lembrou a apresentadora Mariana Ferrão.

A refeição pós-jejum deve ser equilibrada, composta de:

  • Alimentos reguladores, como verduras, legumes e/ou frutas;
  • Energéticos, isto é, fontes de carboidratos, de preferência ricos em fibras; e
  • Construtores, que são as proteínas magras.

O ideal é quebrar o jejum com uma alimentação equilibrada, incluindo carboidratos, proteína se fibras, ou até com um pouquinho mais de proteína e menos carboidratos, porque imagina que o seu corpo está até um pouquinho mais lento na produção de insulina, aí você vai lá e toma um suco de laranja ou come uma tapioca, ele pode ter um pico desse hormônio, o que não é legal para o seu corpo. Lívia Marcela, endocrinologista.

Durante as horas sem comer, é permitido e aconselhável ingerir água ou alguma bebida não calórica. Café, chá e água com limão, por exemplo, estão liberados. Além de hidratar, os líquidos ajudam a dar uma sensação de bem-estar, sugere a médica.

Não é recomendável fazer jejum intermitente todos os dias. Um dos motivos é o fato de que, como o jejum é uma prática difícil, muitos desistem logo no início. Além disso, uma vez que a pessoa para de jejuar, o peso volta, gerando o conhecido efeito sanfona.

Portanto, a eficácia desse método a longo prazo depende da capacidade da pessoa em manter esse estilo alimentar saudável e de consumo equilibrado de calorias. "Às vezes, a pessoa diz 'vou fazer jejum intermitente todos os dias', aí ela não consegue fazer uma semana e desiste, então é melhor se planejar e fazer dois dias na semana, por exemplo", recomenda a especialista.

Além de perda de peso, estudos já ligaram o jejum intermitente a um risco reduzido de doenças cardíacas. No entanto, a adoção da prática ainda divide especialistas. Por isso, é importante tomar essa decisão com o auxílio profissional.

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